Protestos murcham, ódio cresce

O plano da oposição golpista de realizar protestos cada vez mais massivos que forçassem a derrubada do governo fracassou. Números confiáveis ainda não estão disponíveis, mas em todas as capitais do país, visivelmente, as manifestações desse domingo (16) foram muito menores do que as ocorridas em abril.

manifestações contra o governo - Antonio Cruz/Agência Brasil

Em alguns lugares, como na manifestação de Belo Horizonte, que contou com a presença do tucano Aécio Neves, os números foram vexatórios: 6 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar.

O fracasso é mais significativo se considerarmos que dessa vez o PSDB usou suas inserções de rádio e televisão para convocar a manifestação. O chamado dos tucanos não surtiu o efeito desejado, o que mostra que a crise não resulta necessariamente em um fortalecimento significativo do prestígio da oposição.

Os cardeais oposicionistas decidiram ser testemunhas oculares do fracasso da estratégia das manifestações crescentes: Aécio Neves, José Serra e Aloísio Nunes, para ficarmos em alguns exemplos, comparecem aos atos. Lá puderam assistir in loco ao crescimento do espírito de ódio e violência.

Isso porque, se os protestos foram menores, o ódio e a intolerância parecem ter crescido em relação às ocorridas no mês de abril. Fora os já tradicionais apelos a um golpe militar, novas palavras de ordem de incitação ao crime, algumas delas clamando pelo uso de violência contra a mandatária do país, se multiplicaram.

O plano oposicionista de realizar uma escalada de protestos cada vez mais massivos foi derrotado, mas os atos permanecem reunindo um número representativo de pessoas, o que preocupa lideranças dos movimentos sociais.

Segundo a presidenta da UNE, Carina Vitral: “Os protestos foram bem menores, mas ainda significativos. Isso faz com que tenhamos que ampliar a mobilização para a próxima quinta-feira (20), para dar uma resposta firme aos intentos antidemocráticos”.

Veja abaixo alguns dos cartazes que se multiplicaram nos protestos: