EUA prontos para destruir a Europa a fim de derrotar a Rússia 

Para enfraquecer a Rússia, os EUA estão prontos para usar de quaisquer meios e lutar até o último suspiro, escreveu o historiador norte-americano Eric Suess. Segundo ele, Washington não leva em conta os interesses de seus aliados e está pronta para aceitar os danos infligidos sobre eles.

otan

O fato de as sanções antirrussas prejudicarem a economia europeia e de Bruxelas estar lutando para resolver a enorme crise atual de refugiados é bastante aceitável para os estrategistas norte-americanos, disse Suess, citado pela agência alemã DWN.

De acordo com ele, a fim de enfraquecer a Rússia, o presidente dos EUA, Barack Obama, tem seguido uma política de desestabilização na Líbia, na Síria, na Ucrânia e em outros países, a qual afetou negativamente os Estados europeus.

Antes das missões de bombardeio dos EUA na Líbia em 2011, a população do país vivia em paz e prosperidade, argumentou o historiador. Mas, agora, o país africano tornou-se o maior problema da Europa. Milhões de líbios estão fugindo do caos no país para procurar asilo em campos de refugiados no sul da Itália, bem como em outros lugares da Europa.

Ainda segundo Suess, a Síria é outra nação que está sendo destruída pelos EUA, em um esforço para abalar a Rússia. A missão norte-americana de bombardeios na Síria, de acordo com ele, tem o objetivo de derrubar o presidente Bashar al-Assad, aliado de Moscou, e substituir seu governo secular por um de caráter islâmico.

Assim, para o historiador, retórica "Anti-Estado Islâmico" é apenas uma maneira de disfarçar o real objetivo de Washington, que seria o de expandir o “império norte-americano”. Em outras palavras, segundo Suess, trata-se apenas de um show para a opinião pública, que claramente está mais ansiosa para lutar contra o grupo terrorista do que contra um país distante como a Rússia.

De forma semelhante, os EUA desempenharam um papel importante no golpe de Estado que derrubou o presidente Viktor Yanukovich na Ucrânia, em fevereiro de 2014. A diferença é que, daquela vez, a manobra foi feita sob o pretexto de manifestações democráticas, afirmou Suess.

De acordo com o estudioso, o principal objetivo da política destrutiva de Obama é “derrotar” a Rússia, para forçar uma "mudança de regime" no país e torná-lo parte do “império norte-americano”. Basicamente, segundo Suess, os EUA querem que a Rússia perca seu estatuto de potência mundial que se opõe ao controle de Washington.