Violência deve ser enfrentada como política de Estado, afirma Cardozo

O governo federal está empenhado em criar um pacto nacional para redução do número de homicídios no país. Durante reunião na última quinta-feira (30), a presidenta Dilma Rousseff convocou os governadores a participar de um esforço integrado para diminuir a média nacional de assassinatos, que hoje é de mais de 23 homicídios por 100 mil habitantes. Deverá ser estabelecida uma meta para que o Brasil consiga reduzir em pelo menos 5% os homicídios por ano.

Protesto no Complexo do Alemão contra violência - Agência Brasil

Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é necessário enfrentar conjuntamente os problemas que afetam a vida dos brasileiros. Para isso, o pacto anunciado pela presidenta Dilma deverá envolver órgãos do governo federal, estados e municípios. A prioridade será propor ações para os 81 municípios que concentram as mais altas taxas de homicídio.

“Governadores de partidos diferentes, governadores que efetivamente nem sempre estão no mesmo palanque, conseguem discernir que é preciso estar juntos na defesa do interesse público quando a realidade brasileira exige que assim seja”, afirmou Cardozo em entrevista ao Blog do Planalto.

O plano detalhado de combate à violência deverá ser anunciado nos próximos dias, mas, segundo o ministro, várias discussões serão aprofundadas, tanto para o esforço na redução de homicídios quanto para enfrentar a questão do déficit do sistema carcerário, que hoje é de 231 mil vagas.

“Esses dois pactos podem ser feitos entre o governo federal, os estados, o Poder Judiciário, o Ministério Público, justamente na perspectiva de entrar de frente como política de Estado a uma realidade que incomoda muitos brasileiros que é justamente a violência e as péssimas condições que os presídios brasileiros têm e que acabam, também, por via reflexa, gerando mais violência”, disse o ministro.

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