Temer critica radicalização e divisão interna do PMDB

Em evento do PMDB, o vice-presidente Michel Temer criticou a radicalização no pais e as divisões internas do partido. Para Temer, a crise política exige equilíbio e moderação. “Não podemos radicalizar em nenhum momento”, afirmou. Ele também disse que as divisões internas do PMDB não farão o partido crescer.

Michel Temer - Agência Brasil

O vice­-presidente Michel Temer criticou nesta sexta­-feira o cenário de radicalização no país e as divisões internas do PMDB. As declarações do pemedebista, que foram feitas durante evento do partido, na capital paulista, ocorrem no momento em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB­-RJ), manobra para desgastar o governo ao ameaçar nos bastidores entregar o comando de CPIs aos partidos de oposição.

“Estamos passando por uma fase delicada no Brasil, que demanda muito equilíbrio. Não podemos radicalizar em nenhum momento”, disse Temer para a plateia de correligionários. No discurso, o vice­-presidente ressaltou que o PMDB tem sido o “centro” da governabilidade desde 1988 e que no momento de descrença com a classe política é preciso ter equilíbrio e moderação.

“Não podemos pensar que divisões internas poderão fazer crescer o PMDB. O que nos faz crescer é a unidade”, declarou. Questionado depois se as declarações eram um recado a Cunha, Temer desconversou e repetiu a importância do equilíbrio para enfrentar o cenário de crise.

Cunha rompeu com o governo depois que foi acusado pelo delator Julio Camargo de cobrar propina em contratos da Petrobras investigados pela força- ­tarefa da Lava ­Jato.

No Congresso há expectativa de que o presidente da Câmara coloque em votação a chamada “pauta bomba”, que aumenta despesas e compromete o ajuste fiscal do governo federal.