Termina nesta sexta inscrição para Prêmio Vladimir Herzog  

Termina nesta sexta-feira (31) as inscrições para a 37ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Um dos prêmios mais antigos do Brasil contempla, anualmente, trabalhos jornalísticos vinculados à luta pelos Direitos Humanos e Cidadania, em nove categorias: Artes, Fotografia, Jornais, Rádio, Revista, Internet, TV – Documentário, TV – Jornalismo e Tema Especial.  

Termina nesta sexta inscrição para Prêmio Vladimir Herzog

Os ganhadores não recebem qualquer quantia em dinheiro, o prêmio é disputado apenas pelo seu prestígio, dizem os organizadores do prêmio que, desde a sua primeira edição, realizada em 1979, tem como finalidade premiar e homenagear personalidades, profissionais e veículos de comunicação os jornalistas que, através de seu trabalho, colaboram com a promoção da Democracia, da Cidadania e dos Direitos Humanos e Sociais.

A premiação também objetiva reverenciar a memória do jornalista Vladimir Herzog, preso pela ditadura militar, torturado e morto nas dependências do DOICodi, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975.

A ideia de criar um prêmio que denunciasse a repressão, atribuindo-lhe o nome de Vladimir Herzog, surgiu dentro do Comitê Brasileiro de Anistia (CBA) de Minas Gerais, então presidido por Helena Grecco, em 1977, dois anos após o assassinato do jornalista Vladimir Herzog,

Nos primeiros anos, participar do Vladimir Herzog era visto como um desafio ao governo. Como essa situação era vivida por praticamente toda a América Latina, em suas primeiras edições, o Prêmio Vladimir Herzog era concedido também a profissionais desses países. Com a redemocratização em boa parte do continente, cerca de oito anos depois, a premiação se concentrou apenas nas matérias publicadas em território nacional.

Hoje, o Brasil vive um regime democrático e sem cerceamento da informação, mas, infelizmente, os atos de desrespeito e de atropelo aos direitos humanos continuam acontecendo. Diariamente, nos jornais e nas emissoras de rádio e tevê, o cidadão brasileiro se defronta com denúncias de abusos contra crianças, adolescentes, idosos, internos em casas de detenção, cidadãos à margem da sociedade e injustiças sociais de toda ordem.

Neste sentido, o prêmio acabou ganhando ainda mais força e crescente responsabilidade por premiar jornalistas que se dedicam a reportagens que estimulam a luta pela cidadania, contra todo o tipo de tortura e exclusão social e, ainda, pelos direitos à moradia, educação e saúde.