Gestão Haddad fará em 4 anos o que o PSDB não fez em 20

Nesta quinta-feira (23), o prefeito Fernando Haddad participou de bate-papo no Barão de Itararé com jornalistas e blogueiros. Na pauta, conjuntura política, balanço da gestão em São Paulo e os desafios que se avizinham. 

Por Joanne Mota

Gestão Haddad faz em 4 o que o PSDB não fez em 20 anos - Foto: Aparecido Luiz da Silva

Ao longo da conversa Fernando Haddad mostrou porque sua gestão faz a diferença em São Paulo. Os dados apresentados revelam que sua gestão fez mais em 4 anos do que o PSDB fez em 20.

Ao refletir sobre a conjuntura política, Haddad destacou que existe uma certa autonomia para o debate das questões locais frente a conjuntura nacional. E salientou como uma das fragilidades da oposição sua estratégia de atirar para todos os lados, o que muitas acaba acertando neles mesmo.

Ao debater a questão do avanço conservador, Fernando Haddad destacou que não acha que São Paulo seja uma cidade conservadora, mas sim que em São Paulo atuam forças conservadoras que se enraizaram, controlam os meios necessários e disseminam seu posicionamento. "Há espaço para o jogo", afirmou o prefeito de São Paulo.

A afirmação do prefeito se amparou nos dados apresentados. Avanços em todos os setores sociais em que atua a Prefeitura.

Além da renegociação inédita da dívida deixada pelos governos tucanos, Haddad pontuou como marco histórico da Prefeitura o combate à corrupção. "Não há Secretária e contrato que não tenha sido revisto na minha gestão", afirmou. É bom lembrar que Fernando Haddad enfrentou o maior esquema de corrupção da Prefeitura de São Paulo, a máfia do ISS

No campo da mobilidade, além da redução da velocidade, política aplicada em diversas cidades na Europa e com retornos muito positivos para a sociedade, Haddad ainda citou os investimentos em transporte, ciclovias, ciclo faixas, corredores, terminais, linhas, etc.

Sobre Saúde, destacou que a Prefeitura segue firme nos prazos para entregar os 3 hospitais propostos no seu plano de governo.

Sobre educação, informou os bons resultados do programa UniCéu, destacou os dados positivos da cidade nas metas do Plano Nacional de Educação e informou que, no quesito creches, os esforços caminham para um cenário bem favorável. Segundo ele, os investimentos já sinalizam uma redução da fila de espera para vagas em creches – em 2014, era 80 mil; 2015 deve cair para 40 mil; e, em 2016, ficará perto de zero.

"Avalio que em quatro anos temos uma Prefeitura muito melhor do que recebemos", ponderou Haddad ao final da apresentação de alguns dados do avanço desse projeto inaugurado em 2013. Ele ainda frisou que há um longo caminho, vencer as distorções de décadas continua a ser o grande desafio.

Oposição

Ao refletir sobre a onda conservadora, o prefeito de São Paulo afirma que desde 2005 está em curso um trabalho de cultivo de um sentimento, no subterrâneo da sociedade, que é contraditório ao processo de mudanças que o Brasil vive desde 2003.

Ano a ano, ele elencou como agendas da oposição pautas complexas e que encontram no senso comum a liga para se posicionar no debate. É bom lembrar que entre 2003 e 2009 o debate socioeconômico era um debate vencido pelo governo. De modo que restaram à oposição consolidar sua linha no campo do comportamento e da cultura.

Fernando Haddad destacou que esse movimento não foi por acaso. Porém, a oposição não venceu todas as investidas, mas semeou uma nova postura no seio social.

Ele enumerou tais investidas. “A primeira tentativa foi com os programas de transferência de renda, eles perderam; políticas afirmativas, eles perderam; em 2010 [eleições presidenciais], foi o debate do aborto, eles perderam; em 2012 [eleições municipais], foi a vez da questão LGBT, eles perderam; e agora [2015] o ataque vem com a questão da juventude e a defesa da PEC 171. Não teve tema que o lado de lá não abordasse. Eles não tiveram êxito eleitoral, mas influíram no subterrâneo da sociedade”.

Redução da velocidade

Ao final, o Fernando Haddad concedeu entrevista a TV Carta Capital e desconstruiu os argumentos negativos contra a redução da velocidade em algumas vias da cidade. Ele acredita que a redução da velocidade traz mais segurança e, consequentemente, mais fluidez ao trânsito.

Desde segunda-feira (20), a velocidade máxima nas marginais está menor: 50 km/h na pista local, 60 km/h na pista central e 70 km/h na expressa, no caso da Tietê; na Pinheiros, a velocidade é de 70 km/h na expressa e 50 km/h na local.

"O que nós queremos é chegar mais cedo em casa. Isso tem de ser garantido por uma velocidade média mais elevada. E por que quando se reduz a velocidade máxima, aumenta a média? Pela diminuição dos acidentes. Basicamente, é isso", explica Haddad.