Pesquisa prevê que poluição causará 250 mil mortes em 15 anos

Nos próximos 15 anos, cerca de 250 mil pessoas devem morrer em consequência da poluição atmosférica, de acordo com dados da nova pesquisa de Poluição Atmosférica e Doenças Respiratórias, divulgada pela Universidade de São Paulo (USP).

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Segundo a pesquisadora Mariana Matera Veras, existem diversos fatores de risco, porém, a poluição é o mais perigoso. “A poluição é um fator de risco maior do que o tabagismo, sedentarismo e o consumo excessivo de sódio”, afirmou.

A pesquisa da USP mostra que a poluição pode ser devastadora para a saúde, pois piora os sistemas cardiorrespiratórios, aumenta o risco de infarto, diminui a fertilidade entre homens e mulheres e prejudica o desenvolvimento dos bebês durante a gravidez. Hoje, a poluição faz mais vítimas do que o câncer de mama, a Aids e acidentes de trânsito. “Não existe nenhum método que possamos usar para evitar a exposição, ela é inevitável, porém, é possível prevenir diminuindo os níveis de poluentes.”

Os mais prejudicados pela poluição são crianças, idosos e pessoas que trabalham nas ruas. As cinco principais capitais do país gastam em média R$ 460 milhões por ano com tratamentos e internações decorrentes da poluição. Até 2030, um milhão de brasileiros devem ser internados, e esse número só será menor se a frota de carros nas ruas diminuir em grande escala, já que 90% da poluição é causada por veículos motorizados.

“Não existe nenhum método que possamos usar para evitar a exposição, ela é inevitável, porém, é possível prevenir diminuindo os níveis de poluentes”, explica. "Individualmente, a nossa missão é tentar diminuir o uso do automóvel e favorecer os meios de transporte coletivo", diz Mariana.