Vanessa Grazziotin pede pacto contra “golpismo e retrocesso” 

Esta semana, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) usou a tribunal do senado para defender um pacto contra as forças políticas que, em sua opinião, defendem “golpismo e retrocesso” na tentativa de desestabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff. A senadora classificou uma parcela da oposição como “conservadora, neoliberal e privatista”, alertando que esses grupos se esforçam em publicar denúncias para atingir Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Vanessa Grazziotin pede pacto contra “golpismo e retrocesso”

 Vanessa Grazziotin apoia o combate à corrupção, com o desmonte da estrutura que alimenta os desvios de verbas, mas afirmou que não se pode permitir que essa luta seja voltada para derrubar o projeto de governo do PT e seus aliados.

A senadora associa o movimento contra a presidenta Dilma à tentativa de privatização da Petrobras, que aponta como o maior patrimônio brasileiro.

“O projeto que eles levantam é exatamente esse que nós estamos assistindo em relação à Petrobras: aproveitar esse momento de fragilidade da empresa para mudar o marco do petróleo, da exploração do petróleo e gás do Brasil.”

“Vazamento seletivo”

O senador Jorge Viana (PT-AC) também discursou, esta semana, contra o "vazamento seletivo" do conteúdo das delações premiadas à Justiça Federal do Paraná, que apura, por meio da Operação Lava-Jato, as irregularidades envolvendo contratos entre a Petrobras e empreiteiras.

Apesar de serem feitos em segredo de justiça, ele disse não entender como alguns trechos dos depoimentos, especialmente os que afetam o governo e o PT, são divulgados sem nada acontecer.

O senador disse que a Andrade Gutierrez doou R$24,95 milhões para o PSDB e R$14 milhões para o PT, e lamentou que os recursos dados ao PSDB sejam considerados "limpos", enquanto a doação ao PT é dinheiro "sujo". Ele acrescentou que o mesmo ocorreu com a UTC, que doou R$8,7 milhões para o PSDB em dinheiro "limpo" e R$13 milhões para o PT em dinheiro "sujo".

“Essa hipocrisia que o Brasil está vivendo não pode seguir adiante”, afirmou o senador.