Leci e Orlando somam forças contra a violência à juventude negra

Acompanharam a comitiva o deputado federal Reginaldo Lopes (PT/MG), presidente da CPI, a deputada federal Rosangela Gomes (PRB/RJ), relatora da CPI, a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB/RO) e o deputado federal delegado Edson Moreira (PTN/MG).

Durante o dia, antes da audiência, os deputados e deputadas visitaram locais da capital paulista em que ocorrências contra jovens aconteceram. A audiência terminou às 23h00 e teve ampla participação de jovens da periferia, de artistas, de movimentos sociais e culturais do estado de São Paulo. Mais de 30 pessoas colocaram suas considerações para os membros da CPI, reivindicando ações como o fim dos autos de resistência, a desmilitarização das polícias e o respeito do Estado em relação às periferias e à juventude negra.

O deputado Orlando Silva considerou a abertura desta CPI um grande feito. “Nós estamos enfrentando tempos muito difíceis na Câmara. Aprovar essa CPI, no atual contexto, foi uma vitória”, defendeu o deputado. A composição atual do Congresso Nacional é considerada por especialistas como a mais conservadora desde 1964, ano do Golpe Militar. Um grupo grande de parlamentares foi apelidado, pela mídia, como Bancada BBB (boi, bíblia e bala).

Entre as propostas apresentadas no evento está a formação de uma Comissão Especial na Alesp com o objetivo de contribuir para o levantamento de informações, dados, acompanhamento e desdobramento do resultado da CPI Federal. A comissão, que seria liderada pela deputada Leci Brandão, pode contribuir, também, com a elaboração de projetos específicos que contribuam para solucionar a situação grave em se encontra a juventude paulista negra, pobre e das periferias.