Nassif: Sem conhecimento sobre saga da mandioca, Folha critica Dilma

O jornalista Luis Nassif, em seu blog Jornal GGN, comentou a matéria publicada na Folha de S. Paulo desta quarta-feira (24) em que uma jornalista, na ânsia de atacar a presidenta Dilma Rousseff, tenta desqualificar o discurso proferido pela presidenta durante cerimônia de lançamento da competição, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, nesta terça (23).

Dilma Folha - cultura da mandioca - Reprodução

“A temporada de ataques à presidente Dilma Rousseff tem produzido algumas reportagens clássicas, em que repórteres se valem da própria desinformação como arma de ataque. Hoje, reportagem da Folha tenta ironizar as declarações da presidente Dilma sobre a importância da cultura da mandioca na história do país, ignorando extensos estudos sobre a civilização da mandioca”, disse Nassif.

De fato, a referida matéria citada por Nassif já em seu primeiro parágrafo afirma: “Mas a presidente Dilma Rousseff surpreendeu mesmo ao fazer um cumprimento especial "à mandioca" e ao criar uma nova categoria na evolução humana: as "mulheres sapiens".

A presidenta Dilma destacou que nenhuma civilização nasceu sem ter acesso a uma forma básica de alimentação. “E aqui nós temos uma, como também os índios e os indígenas americanos têm a deles. Temos a mandioca e aqui nós estamos e, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu tô saudando a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil", salientou.

Segundo Nassif, “a repórter ironiza um chiste da presidente, ao falar em "mulheres sapiens", um mero jogo de palavras que a repórter tratou como algo ignorante”.

A presidenta Dilma ressaltou em seu discurso a característica humana que nos diferencia dos demais seres vivos e ressaltou a importância do espírito esportivo para a unidade e relações entre os povos.

“Nós somos do gênero humano, da espécie sapiens, somos aqueles que têm a capacidade de jogar, de brincar, porque jogar é isso aqui. O importante não é ganhar e sim celebrar. Isso que é a capacidade humana, lúdica, de ter uma atividade cujo o fim é ele mesmo, a própria atividade. Esporte tem essa condição, essa benção, ele é um fim em si. E é essa atividade que caracteriza primeiro as crianças, a atividade lúdica de brincar. Então, para mim, essa bola é o símbolo da nossa evolução, quando nós criamos uma bola dessas, nos transformamos em Homo sapiens ou mulheres sapiens", disse a presidenta que segurava uma bola que ganhou da delegação de indígenas da Nova Zelândia.

A reportagem continuou a ironizar: “Dilma segurava nas mãos uma bola cinza escura, a qual colocou debaixo do braço quando se dirigiu ao púlpito para fazer, de improviso, seu discurso. Não quis passar a bola para um assessor, que logo se aproximou para ajudá-la a ficar com as mãos livres. "Não precisa", sussurrou. Usaria em sua fala o presente que veio "de longe, da Nova Zelândia" para, segundo ela, "durar o tempo que for necessário".

“É possível que o próximo curso Folha seja reforçado com aulas de interpretação de textos e interpretação de palavras. Para um repórter se mostrar superior ao personagem da reportagem, precisa comprovar conhecimento sólido sobre o que escreve”, concluiu Nassif.