Frente em defesa do artesão é relançada no Congresso 

Deputados, senadores e artesãos de diversas regiões do país participaram, nesta quarta-feira (17), do relançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Artesão e do Artesanato na Câmara dos Deputados. A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), coordenadora regional da Frente, lembra que o artesanato movimenta cerca de R$ 54 bilhões por ano no país, gerando emprego e renda. 

Frente em defesa do artesão é relançada no Congresso

Para a deputada, que é também presidente nacional do PCdoB, “é preciso dar ao artesanato o lugar que ele merece dentro do cenário da economia criativa e dos desafios que nós temos num país que tem essa diversidade cultural, essa capacidade criativa e inventiva do nosso povo. Essa diversidade se representa com muita força no artesanato”.

Luciana parabenizou o presidente da Frente, deputado Givaldo Vieira (PT-ES) e a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) pelo protagonismo na defesa dos artesãos. Ela também saudou a presidente da Confederação dos Artesãos do Brasil, Izabel Gonçalves. “Uma pernambucana arretada, que já foi vereadora em Lagoa do Carro, que é um polo de artesanato. Ela conhece de perto os desafios dessa cadeia produtiva”.

Principal foco

O principal foco da frente será a regulamentação da profissão, já aprovada pelo Senado e atualmente em discussão pela Câmara dos Deputados. Na Comissão de Desenvolvimento Econômico, o projeto será relatado pelo deputado Helder Salomão (PT-ES), com parecer pela aprovação, e em seguida seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se for aprovado sem alterações, poderá seguir para a sanção da presidenta da República, Dilma Rousseff.

No cronograma da Frente, já está agendada atividade durante a 16ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que ocorrerá entre os dias 2 e 12 de julho em Pernambuco. No ano passado, o evento contou com mais de cinco mil expositores de 40 países. O público chegou a 301 mil visitantes, e a Feira, que recebeu investimento de R$ 5 milhões, movimentou R$ 40 milhões em negócios.

“Se de fato quisermos dar valor ao principal legado da construção da nossa nacionalidade, que é a nossa cultura, nós temos de levar adiante essa luta para que isso se traduza em políticas públicas arrojadas que perpassem desde o micro empreendedorismo ao reconhecimento da cultura”, destaca Luciana Santos.

De acordo com o Ministério do Trabalho, 60% dos artesãos estão no meio rural, sendo 78% mulheres. O artesanato movimenta cerca de R$ 54 bilhões por ano e é um importante fator de redistribuição de renda e de geração de emprego.