Senadora relata lançamento no Piauí do “Mais mulheres na política” 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), relatou no plenário do Senado o evento realizado nesta segunda-feira (15), em Teresina (PI), para divulgar a campanha “Mais Mulheres na Política”. A ideia foi discutir localmente a presença feminina no parlamento e as medidas para aumentar essa participação no Congresso Nacional e na vida política em todo o país. 

Senadora relata lançamento no Piauí do “Mais mulheres na política” - Agência Senado

Ela lembrou que, nesta semana, a Câmara dos Deputados deve votar proposta que estabelece cota de gênero no Poder Legislativo, para impedir que mais de 70% das vagas na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores sejam destinadas a homens ou mulheres.

“É impensável, eu considero inimaginável, mas essa é nossa realidade. Um país que tenha 52% de eleitores mulheres e que essas, que têm o direito de votar e ser votadas, só ocupem 10% de cadeiras no Parlamento. Explicar esse fato argumentando que não há interesse das mulheres na política é querer tapar o sol com a peneira”, afirma a senadora.

Ela recordou que já existe uma regra que exige dos partidos políticos o lançamento de, ao menos, 30% de candidaturas femininas nas eleições.

Só que essa lei não foi suficiente para mudar a participação feminina na política, lamenta a senadora, ao atribuir isso aos próprios partidos, que, apesar de lançarem as candidaturas de mulheres, não deram apoio a elas durante o período eleitoral.

Violência

Vanessa Grazziotin aproveitou para classificar de barbaridade o estupro coletivo praticado por quatro adolescentes e um homem de 40 anos de idade na cidade piauiense de Castelo do Piauí, ocorrido no início do mês.

Na ocasião, os agressores violentaram, mutilaram, estupraram e, depois disso tudo, arremessaram, de um penhasco de oito metros, quatro adolescentes, com idade entre 15 e 17 anos. Uma delas morreu e as demais continuam internadas, lamentou a senadora.

“Então, fica aqui a nossa solidariedade e a nossa luta para que a gente possa acabar com esse tipo de violência, que, infelizmente, acomete toda a sociedade, mas que torna as maiores vítimas as mulheres e as meninas”, afirmou.