Rui: Congresso do PT vai desencadear reação vigorosa da militância

A assessoria de imprensa do PT encaminhou ao Portal Vermelho e demais veículos de imprensa o discurso que o presidente da legenda, Rui Falcão, fará na abertura do 5º Congresso Nacional que inicia nesta quinta-feira (11) e vai até o sábado (13). Para Rui, o congresso vai motivar a militância do partido a desencadear uma "reação vigorosa" contra os que tentam "destruir" o partido.

Lula e Rui Falcão durante reunião do PT dia 30 de março de 2015

“Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades”, afirma.

Ele afirma que o inconformismo da oposição e aliados se dá pela vitória das forças progressistas pela quarta vez consecutiva. “Primeiro com um operário, rompendo um preconceito ideológico secular; em seguida, com uma mulher, que jogou sua vida contra a ditadura para devolver a democracia ao Brasil. Maus perdedores no jogo democrático, querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional e de dificuldades passageiras da economia, em um contexto adverso de crise mundial prolongada”, afirma.

Segundo o presidente do PT, a retomada da iniciativa política deve “desencadear uma reação vigorosa em todo o território nacional, mobilizando a militância contra os que tentam nos destruir”.

“Não dá para ficarmos passivos, de cabeça baixa, enquanto nossos inimigos, valendo-se de grandes recursos midiáticos, transformam o boato em notícia, a suspeita em denúncia, a calúnia em verdade", rechaça.

Sobre a reforma política, Rui Falcão voltou a defender o fim do financiamento empresarial de campanha.

“De imediato, é preciso barrar a constitucionalização do financiamento empresarial, aprovado em primeira votação na Câmara dos Deputados após um vergonhoso golpe regimental e uma violação da Constituição contestada até por setores da grande mídia”, disse.

Ele completa: “Recebemos contribuições de empresas, dentro da lei, todas através de transações bancárias e declaradas à Justiça Eleitoral. Fizemos campanhas caras, tão caras quanto as de outros partidos que outros nos criticam, tentando nos sujar com a lama de sua própria hipocrisia. Mas um partido diferente, como o PT sempre foi e é, não podia continuar acomodado a esta situação. Até porque o financiamento empresarial foi a porta de entrada no partido para muitos desvios da política tradicional que sempre condenamos”.

O congresso inicia nesta quinta (11) e vai até o sábado (13). A presidenta Dilma Rousseff virá direto de Bruxelas, na Bélgica, onde participou da II Cúpula dos Estados Latinos Americanos (Celec) e União Europeia, para participar da abertura.

O evento deverá ter a participação de mais de 800 delegados, além de convidados brasileiros e estrangeiros.