Congresso do PT reforça defesa de frente ampla pelo desenvolvimento

A prévia de resolução final do 5° Congresso Nacional do PT, que acontece de 11 a 13 de junho, em Salvador, foi divulgada pela legenda nesta terça-feira (9). No documento intitulado Declaração de Salvador, que será apreciado e votado pelos delegados do Congresso, o PT propõe uma nova política de alianças, formada por uma frente de partidos e movimentos sociais.

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“A estratégia de frente é nosso caminho para firmar uma nova aliança social, que incorpore setores novos e tradicionais da classe trabalhadora, das camadas médias, da intelectualidade e do empresariado simpático ao nosso projeto nacional", diz a carta.

O documento destaca os avanços garantidos pelas forças progressistas e aponta as diretrizes para enfrentar os atuais desafios políticos e econômicos do país.

“O mundo vive sob as condições geradas pela crise do capitalismo irrompida em 2008, a mais grave e prolongada desde o colapso de 1929… A resposta hegemônica dos países capitalistas dominantes vem aguçando o conflito que opõe os interesses dos trabalhadores e dos países dependentes contra os objetivos imperialistas, neoliberais e das grandes corporações internacionais”, pontua o documento.

E completa: “O Partido dos Trabalhadores reconhece que essa situação exige a abertura de um novo ciclo, no qual reformas estruturais, investimentos em inovação, desenvolvimento científico e tecnológico, maior capacitação e valorização da força de trabalho abram campo para a afirmação do projeto nacional de desenvolvimento implantado a partir de 2003”.

“O programa de reformas estruturais pressupõe a construção de uma frente democrática e popular, de partidos e movimentos sociais, do mundo da cultura e do trabalho, baseada na identidade com as mudanças propostas para o período histórico em curso”, enfatiza o documento.

PCdoB

A proposta da formação de uma frente ampla coincide com a resolução final aprovada pela 10ª Conferência Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), realizada entre os dias 29 e 31 de maio, em São Paulo. A presidenta Dilma Rousseff compareceu na abertura do evento.

“Somente uma frente dessa natureza que una as forças patrióticas, progressistas e democráticas da Nação será capaz de enfrentar, isolar e derrotar o consórcio da oposição que na ofensiva trama o retrocesso”, afirma o documento final do PCdoB, que propõe a construção de uma agenda unificada em defesa da democracia, da legalidade, do mandato legítimo e constitucional da presidenta Dilma; defesa da Petrobras, da economia e da engenharia nacional; combate à corrupção, fim do financiamento empresarial das campanhas; e pela retomada do crescimento econômico do país e garantia dos direitos sociais e trabalhistas.