Folha de S. Paulo é condenada por racismo contra funcionário 

O jornal Folha de S. Paulo foi condenado pela Justiça por permitir que atos racistas fossem praticados contra um funcionário terceirizado que trabalhou durante cinco anos no setor de informática da empresa. A decisão foi unânime entre os desembargadores da 12ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo.

Folha de S. Paulo é condenada por racismo contra funcionário - Agência Brasil

O juiz Jorge Eduardo Assad, que conduziu o julgamento, considerou que o jornal, mesmo sabendo dos fatos, não impediu que outros empregados trocassem mensagens com “piadinhas sobre raça, cor ou etnia”. As informações são do portal Comunique-se.

No ano passado, a Folha já havia sido condenada a pagar R$ 50 mil de indenização ao ex-colaborador porque tinha ciência, de acordo com a Justiça, da troca frequente de e-mails de cunho racista entre seus funcionários, mas nada fez para impedi-la. Em sua defesa, o veículo alegou que a prática consistia numa “mera brincadeira” e pediu recurso. Embora tenha sido negado, os desembargadores reduziram o valor da indenização de R$ 50 mil para R$ 15 mil.

Além da Folha, foram condenadas outras quatro empresas (Expernet Telemática, Comércio e Consultoria de Informática, Worksolution Cooperativa de Trabalho dos Empreendedores em Tecnologia da Informação e Nova Dinâmica Tecnologia da Informática), que realizaram a intermediação da contratação do ex-funcionário pelo jornal, sem o devido registro na carteira de trabalho. Os R$ 15 mil serão divididos entre as cinco envolvidas.