Moro condena Cerveró a cinco anos de prisão

O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou a cinco anos de prisão o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, no âmbito da Operação Lava Jato. Nesta terça-feira (26), Moro determinou que a sentença pelo crime de lavagem de dinheiro seja cumprida, inicialmente, em regime fechado.

Nestor Cerveró

Cerveró foi acusado pelo Ministério Público Federal de adquirir um apartamento em área nobre do Rio de Janeiro com recursos que seriam do esquema de pagamento de propina na Petrobras.

O argumento é de que, apesar do apartamento estar em nome da empresa offshore Jolmey do Brasil, o imóvel, segundo o MPF, é de uma "empresa de fachada" de propriedade de Cerveró.

A defesa de Cerveró alegou que a denúncia é "totalmente inepta", uma "criação mental do Ministério Público Federal".

Durante audiência com o juiz Sergio Moro, Cerveró questionou as base jurídicas que levaram o juiz a aceitar as denúncias feitas pelo MPF com base em matérias de revistas e que, mesmo sem provas de delitos, isso já lhe custara, até ali, cinco meses de prisão.

"Qual foi o critério que o senhor usou para me manter preso preventivamente?", perguntou o ex-diretor da Petrobras. Sérgio Moro respondeu: "Não vou ficar aqui discutindo minhas decisões judiciais. O interrogado aqui é o senhor, e eu sou o juíz, certo?"