Em visita ao México, Dilma assina acordos de investimentos

Em sua primeira visita ao México, a presidenta Dilma Rousseff assina nesta terça-feira (26) diversos acordos bilaterais com o presidente Enrique Peña Nieto, tendo como objetivo ampliar as relações comerciais entre os dois países.

Dilma chega à Cidade do México

O primeiro compromisso de Dilma será uma com empresários brasileiros, no Hotel Intercontinental. Em seguida, a presidenta deposita flores no Altar da Pátria, localizado no Parque de Chapultepec.

Depois, a presidenta será recebida com honras de chefe de estado no Palácio Nacional. Em seguida, os dois chefes de Estado têm audiência privada e depois participam de reunião ampliada.

Entre os atos que serão assinados está a assinatura de um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI). O México já investiu mais de U$$ 20 bilhões na economia brasileira e o acordo pretende ampliar esses investimentos.

“Haverá uma facilitação de investimentos entre os dois países. O México tem um estoque de investimentos no Brasil. São investimentos nas áreas industrial, de diversão, cinemas, restaurantes, bebidas. São inúmeros investimentos mexicanos no Brasil. Mas, por outro lado, também os investimentos brasileiros no México estão crescendo cada vez mais”, afirmou o embaixador do Brasil no México, Marcos Leal Raposo Lopes.

Segundo Raposo, o maior investimento privado, hoje, em andamento no México é brasileiro. Trata-se do polo petroquímico da brasileira Braskem com a mexicana Idesa, um projeto de Etileno 21, que envolve cerca de US$ 5 bilhões, no estado mexicano de Vera Cruz.

Outro investimento brasileiro relevante é um complexo siderúrgico da Gerdau, no estado de Idalgo, no valor de US$ 600 milhões.

“A grande história de sucesso no momento entre os dois países são os investimentos e vamos dar mais um impulso com o acordo que vai ser assinado na presença da presidenta Dilma e do presidente Peña Nieto”, afirmou o embaixador.

Raposo acredita que não há cenário no mundo que seja favorável para o Brasil e desfavorável para o México, e que os dois países precisam caminhas juntos. “Brasil e México juntos são mais da metade da produção, da população e do território da América Latina. Nós temos que estar juntos pois a América Latina depende disso”, concluiu.

Além do ACFI, estão previstas assinaturas de acordos comerciais, de serviços aéreos, meio ambiente, pesca e aquicultura, agricultura tropical e turismo. Desses, o embaixador destacou também a cooperação turística. Atualmente, o México absorve em torno de 15% do turismo internacional. Cerca de 300 mil turistas brasileiros viajam para o país por ano.

“O México está entre os dez maiores receptores do turismo internacional e nós temos muito a colaborar na questão do turismo. Para o México, [o turismo] é a terceira maior fonte de divisas e nós certamente teremos muito o que aprender com as boas práticas deles”, comenta o embaixador Raposo.