Bancada feminina intensifica campanha por cota na reforma política 

A bancada feminina da Câmara e do Senado intensificou a mobilização nas duas Casas garantir a inclusão da proposta que garante 30% das vagas no parlamento para as mulheres. Na tarde desta quarta-feira (20), elas estiveram em audiência com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para entregar o manifesto “Sem mulher não tem reforma política”. 

Bancada feminina intensifica campanha por cota na reforma política

E, para esta quinta-feira (21), às 10 horas, no Salão Verde da Câmara, as parlamentares convocaram uma coletiva de imprensa, quando pretendem apresentar o posicionamento da Bancada Feminina do Congresso Nacional referente à Reforma Política. A coletiva contará com a participação da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci, além de deputadas e senadoras.

“De acordo com determinação da maioria absoluta da Bancada Feminina, integrada por 18 partidos políticos, nenhuma parlamentar votará as matérias oriundas da Reforma Política, bem como usarão todos os recursos regimentais para obstruir a votação, caso não seja incluído na matéria um mecanismo que proporcione o aumento da representação feminina nos parlamentos municipais, estaduais e federal”, anunciou a procurador Ada Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

De acordo com o relatório do deputado Marcelo castro (PMDB-PI), que sugere a adoção do modelo de voto majoritário para a composição dos parlamentos, o chamado distritão, as próximas eleições poderão reduzir abruptamente a eleição de mulheres, que hoje já são de apenas 9,9% da Câmara dos Deputados.

No manifesto entregue nesta quarta-feira ao presidente da Câmara, as parlamentares reivindicam que “a Reforma Política que está prestes a ser apreciada no Congresso Nacional contemple a cota de 30% de vagas para as mulheres nos Parlamentos, independentemente do sistema político a ser adotado.”

E anunciam a disposição de não votarem nenhuma proposta de Reforma Política que não contemple a referida cota. “Uma reforma que não assegure a participação efetiva das mulheres não nos representa e nela não votaremos”, afirma o manifesto.