Lava Jato: STF decide pela quebra de sigilo bancário de Collor

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL).

Collor

A quebra de sigilo foi pedida pela Procuradoria Geral da República para instruir o inquérito aberto para investigar se o senador participou de fraudes na Petrobras. Segundo investigações, Collor é suspeito de ter cometido lavagem de dinheiro e recebido cerca de R$ 3 milhões em propina em um negócio da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.

O STF também decretou a quebra do sigilo bancário de outros quatro suspeitos de terem cometido irregularidades, dentre eles, Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, conhecido como PP, que foi ministro de Collor quando era presidente da República.

A base das investigações são os depoimentos do doleiro Alberto Youssef que afirma em delação premiada que foram feitos vários depósitos para Collor a pedido de Pedro Paulo. Ele é dono de uma empresa que mantinha negócios com o doleiro, a GPI Participações e Investimentos.

Também foi determinada a quebra de sigilo bancário de 12 empresas — entre elas, o jornal Gazeta de Alagoas e a TV Gazeta de Alagoas, de propriedade da família de Collor.

Por meio de sua página no Facebook, Collor assegurou que vai provar sua inocência. “Estou novamente pronto para enfrentar e provar que nada tenho a ver com esse esquema criminoso", disse.