Morre, aos 89 anos, o músico B.B. King

Considerado o “Rei do Blues”, o músico B.B. King morreu na madrugada desta sexta-feira (15), aos 89 anos. No início de abril o guitarrista havia sido internado após sofrer desidratação grave por causa de diabetes tipo 2, doença que o afligia há mais de 20 anos. Desde então o quadro se complicou e outras internações foram necessárias. O advogado do músico confirmou a morte nesta madrugada.

B.B. King - Reprodução

Um gigante do Blues é integrante do Hall da Fama do Rock and Roll desde 1987 e ganhou 16 prêmios Grammy. Ao longo dos quase 60 anos de carreira, B.B King deixou mais de 50 discos e músicas que marcaram gerações, entre elas The thrill is gone, Everyday I have the Blues, Please love me, You don’ know me, entre outras. A marca Gibson Guitar Co. o nomeou “embaixador das guitarras Gibson no mundo”.

Seu primeiro grande sucesso nacional foi Three o'clock blues, que estourou nos anos 1950. A partir daí começou a fazer turnês sem parar. Só no ano de 1956 sua banda chegou a fazer 342 apresentações.

Riley B. King ganhou o segundo “B” em seu nome nos tempos do rádio quando era chamado de “Blues Boy”. Nunca teve um professor, desenvolveu-se sozinho e criou um estilo autêntico de guitarra que o levou a ser considerado o maior guitarrista de blues da atualidade.

Apesar da idade e do quadro de diabetes avançado, B.B. King ocupou os palcos até outubro de 2014, quando precisou abandonar a apresentação em Chicago diante de uma crise de desidratação e esgotamento que provocou o cancelamento da turnê, ainda com 8 shows marcados. Porém, aos 86 anos ainda fazia cerca de 100 apresentações por ano.

O gênio da guitarra inspirou muitos outros grandes nomes da música, entre eles, Eric Clapton, com quem gravou um disco inteiro, Stevie Ray Vaughan, Jimi Hendrix e George Harrison.

King se casou duas vezes, a primeira com Martha Lee Denton, com quem viveu de 1946 a 1952; a segunda com Sue Carol Hall, com quem permaneceu entre 1958 e 1966. O guitarrista deixa 14 filhos e mais de 50 netos.