Dino anuncia apoio à agricultura familiar em comunidades quilombolas

O governador Flávio Dino recebeu na tarde desta segunda-feira (11), no Palácio dos Leões, representantes da Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão que apresentaram práticas de incentivo à agricultura familiar nas comunidades quilombolas, como o projeto Ká-Amuba que é desenvolvido em 17 comunidades fornecendo assistência técnica aos produtores locais. Após conhecer a experiência do projeto Ká-Amuba, o governador garantiu apoio à expansão do projeto.

Dino anuncia apoio à agricultura familiar em comunidades quilombolas

O governador Flávio Dino ressaltou que bons exemplos inspiram políticas públicas mais eficazes. “O drama do Maranhão é a falta de renda, e a saída é voltar-se para a produção agrícola familiar. É a forma de reduzir a pobreza e de promover um justo desenvolvimento socioeconômico. Daremos todo apoio ao projeto, com as devidas adequações”, disse o governador.

Em africano, Ká-Amuba significa ‘construir oportunidades’. A coordenadora geral da Aconeruq, Maria José Palhano, explicou que o projeto é executado há um ano e seis meses, com financiamento da União Europeia, em 17 comunidades quilombolas do Maranhão. O objetivo é que a própria comunidade,com ajuda do suporte técnico do Ká-Amuba, produza verduras e hortaliças para subsistência e comercialização. A ideia vem dando certo, visto que diversas famílias já sobrevivem da renda proveniente da comercialização de produtos e ainda têm acesso a alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos.

Presente na reunião, o secretário adjunto de Agricultura Familiar, Júlio César, deixou marcado um próximo encontro com os representantes da Aconeruq para que seja traçada a estrutura de um novo projeto, expandindo o que já está sendo executado. “A princípio, a gente entende que são experiências que já estão acontecendo e que o Estado tem interesse em acompanhar para que possa ter um incremento da produção nestas áreas, e mediante estas experiências fazer replicação para outras comunidades”, explicou.

Contente com o imediato apoio do Governo do Maranhão, a coordenadora da Aconeruq destacou a importância da priorização de investimentos em cerca de 500 comunidades quilombolas registradas. “O governo precisa olhar para essas comunidades e levar projetos produtivos, que gerem renda. Assim, combateremos uma série de problemas internos. Não será preciso, por exemplo, que as pessoas saiam da comunidade para outros estados, se submetendo ao trabalho escravo, porque tem subsistência”, destacou Maria José Palhano.

Também estiveram no evento o secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, o secretário adjunto da Agricultura Familiar, Júlio César, e os representantes da Aconeruq, Eliane Cardoso, Gilvan Mendonça e Valderlene Rocha Silva, coordenadora do projeto Ká-Amuba.

Fonte: Governo do Maranhão