Jaques Wagner rebate discurso de derrota da mídia contra o governo

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, rebateu o discurso da mídia que atribui como uma derrota do governo a aprovação da chamada PEC da Bengala. “Acho uma bobagem aqueles que estão falando que [a PEC] tirou dela [da presidenta Dilma Rousseff] a possibilidade de indicar cinco [ministros do Supremo Tribunal Federal], porque, dos cinco que sairiam sem a PEC da Bengala, três deles já foram indicação ou dela ou do presidente Lula”, lembrou o ministro.

Jaques Wagner ministro da Defesa

"Não é uma derrota do governo. Não tem nenhuma intersecção com o governo, ela diz respeito a um outro Poder e é uma decisão do Congresso, não cabe muito comentar”, disse ele durante participação em evento de comemoração dos 126 anos do Colégio Militar do Rio de Janeiro.

A PEC da Bengala foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta terça (5) e prevê o aumento – de 70 para 75 anos – da idade para a aposentadoria compulsória de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e de outros tribunais superiores.

A falácia em torno da questão é porque com a mudança, cinco ministros que seriam compulsoriamente aposentados até 2018, portanto durante o atual mandato da presidenta Dilma, poderão permanecer no cargo por mais cinco anos. A PEC já tinha sido aprovada em dois turnos no Senado e agora vai para promulgação das mesas diretoras do Senado e da Câmara nos próximos dias, para passar a integrar a Constituição Brasileira.

Sobre o clima de tensão criado entre a o governo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro disse que é preciso ser encarada com normalidade, porque o Legislativo é um Poder independente do Executivo, mas não deixou de mandar o seu recado.

“O presidente da Câmara tem que ser um magistrado. Não é nem o líder do governo e não pode ser o líder da oposição. Quem senta na cadeira do presidente respira o oxigênio de um estadista. Não pode ser comandante de uma ou de outra turma", disse ele.

Ainda sobre o Congresso, Jaques Wagner declarou que acredita na "responsabilidade de todos os partidos" na votação do ajuste econômico. "Acho que essas tensões do parlamento são normais. Eu tenho convicção de que, evidentemente com negociação, o ajuste será aprovado. Todos os partidos têm responsabilidade e sabem que o ajuste é para preparar para outro período de crescimento."

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Do Portal Vermelho, com informações de agências