Trabalhadores Paraibanos Festejam e Lutam

 As centrais sindicais da Paraíba, como fazem há alguns anos comemoram o 1º de Maio no dia 30 de abril. Diferentemente dos últimos, este ano o ato foi uma gigantesca manifestação de rua. Sindicalistas do campo e da cidade, ativista de dezenas de entidades e partdiso de esquerda aproveitaram para protestar contra os ataques dos conservadores contra direitos trabalhistas e contra a democracia.

Ato do 1 º de Maio em João Pessoa - Agamenon Sarinho

 
A CUT e a CTB, dezenas e organizações populares, o PCdoB, PSB, PT e Consulta Popular organizaram uma grande manifestação neste 30 de abril, para comemorar o Dia Internacional dos Trabalhadores e reafirmar os eixos de luta em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas.

Desde as primeiras horas da manhã começaram a chegar em João Pessoa caravanas dos mais diversos pontos do Estado, trazendo trabalhadores, mulheres, jovens para um dia de luta e festa. No parque Solon de Lucena, popular Lagoa, foi montada toda uma estrutura para receber e acomodar os manifestantes até o horário da caminhada pelo centro da cidade até o tradicional Ponto de Cem Réis, onde aconteceu o ato público e seguiu com show cultural. Diversas atividades foram desenvolvidas pela manhã, como pequenas palestras para diversos grupos, teatro de mamulengo e violerios.

As caravanas de sindicalistas, misturavam-se com representantes de diversos movimentos. O MST, trouxe mais de mil trabalhadores rurais; a Federação Paraibana dos Movimentos Comunitários trouxe mais de 700 populares de municípios do brejo paraibano; de Campina Grande 5 ônibus de manifestantes da CTB, PCdoB, Consulta Popular e sindicalistas do Sintab e Stiup; a UJS trouxe um ônibus com estudantes da cidade de Cuité, no cariri paraibano; da cidade portuária de Cabedelo, a CTB trouxe um ônibus com ativistas. A cada momento chegavam ônibus com manifestantes, da CPT, Movimentos dos Atingidos por Barragens, militantes indígenas, de movimentos feministas, etc. Da capital compareceram grupos do movimento LGBT, da UJS, de movimentos de moradia, das entidades dos segmentos da UFPB, dos sindicatos dos professores, da Construção Civil, dos Servidores Públicos Federais, dos trabalhadores na limpeza urbana, bancários, comerciários, telefônicos, enfim dos mais variados segmentos. Participaram também militantes do PCO, PCR e PCB

Às 14:30 os manifestantes começaram a se organizar atrás dos três Trios Elétricos, iniciando uma caminhada pelo centro comercial, chegando uma hora depois na praça do Ponto de Cem Réis. Durante todo o percurso, com muita animação, palavras de ordens e cantorias, os oradores , representando os movimentos sociais presentes se sucederam ao microfone. O PL4330, a Reforma Política e a Defesa da Petrobrás, foram os temas mais falados. No Ponto de Cem Réis o ato foi encerrado, após as falas dos Partidos e das Centrais Sindicais.

A Participação do PCdoB

O Partido Comunista do Brasil desenvolveu intensa atividade na preparação deste ato e na mobilização dos militantes e movimentos sob sua influência. O esforço em fazer um ato unitário e centralizado em João Pessoa, teve forte apoio do Partido. Também o esforço para mobilizar o maior número de pessoas. Entidades como FEPAMOC, CTB e UJS tiveram destaque no ato e contribuiram com graande contigente de manifestantes. O Partido emitiu uma nota alusiva ao dia do Trabalhador que foi massivamente distribuída durante o percurso.

O representante da CUT, nacional, Alcy Afonso, em seu pronunciamento no ato destacou o que considerou um fato marcante: “…me impressiona o grau de unidade que vocês alcançaram aqui. Da CUT, a CTB, os partidos de esquerda e tantas entidades e movimentos. Isso é maravilhoso!” José Coelho, representando a CTB, lembrou que os deputados “souberam com muita facilidade desencavar o PL da terceirização, que estava encostado há 12 anos, e por em votação rapidamente, mas não fizeram o mesmo com o projeto que dorme no Congresso a 18 anos, o da redução da joranada de trabalho”. Agamenon Sarinho, falando em nome do PCdoB lembrou o sacríficio dos heróis operários fuzilados em Chicago, afirmando que sua luta contra a semi-escravidão a que os operários eram submetidos se torna atual com o advento do PL da terceirização e concluiu conclamando para a necessidade de uma ampla frente em defesa do Brasail e da democracia, para barrar a ofensiva conservadora.

O ato prosseguiu noite adentro com um show com Santana, o Cantador e os artistas paraibanos do Forró Caçuá, Escurinho e Totonho e os Cabra.