PCdoB: Vitória do Vietnã mostra que é possível derrotar o imperialismo

Este 30 de abril é um dia histórico para os comunistas, pois marca a vitória do exército do Vietnã contra o poderoso exército estadunidense, dando fim a sangrenta guerra em que foi vítima toda a nação vietnamita. Em nota, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo e o secretário de Relações Internacionais, Ricardo Abreu, relembram fatos que culminaram nesta heroica vitória do povo vietnamita e reforçam que “nada é mais importante que a independência e a liberdade” de uma nação.

O fim da Guerra do Vietnã

Segue abaixo a íntegra da nota:

40 anos da vitória do Vietnã na guerra contra os EUA: exemplo histórico de que é possível derrotar o imperialismo

Neste dia 30 de abril de 2015 comemora-se quatro décadas do final da sangrenta guerra desencadeada em 1965 pelo imperialismo estadunidense contra o povo vietnamita. Tratou-se de uma das inúmeras invasões de que foi vítima a nação vietnamita, após várias investidas mongóis, uma colonização de 98 anos capitaneada pela França, uma invasão de tropas japonesas durante a Segunda Grande Guerra, o retorno do Exército francês ajudado por tropas inglesas no pós-guerra e a intervenção dos Estados Unidos da América (EUA) que se transformou na primeira derrota militar da história dos EUA, agravada por haver sido infligida por um pequeno e populoso país da Ásia, o Vietnã.

A política do intervencionismo da ação externa estadunidense sofreu um duro golpe: dos 2 milhões e 700 mil norte-americanos que passaram pelo Vietnã, cerca de 60 mil morreram e 300 mil foram feridos, sendo que parte destes ficou inválida. Do lado vietnamita caíram mortos 4 milhões de pessoas, entre guerrilheiros, membros das forças regulares e da população civil. Praticamente toda a infraestrutura do país asiático foi destruída, entre portos, usinas, hospitais, escolas, fábricas, estradas, pontes e cidades inteiras.

Devido aos ataques perpetrados pelas forças aérea, naval e terrestre dos EUA com armas de destruição em massa – como o desfolhante químico chamado “agente laranja”, Napalm entre outros – gerações de crianças vietnamitas nascem deformadas até hoje. Com frequência morrem pessoas fruto de minas incrustadas no território vietnamita. Quem visita o Museu da Guerra na cidade de Ho Chi Minh, no sul do país, pode ver de forma sistemática os horrores da invasão provocada pela maior máquina de guerra jamais constituída na história da humanidade.

O tema da “Guerra do Vietnã” continua, contudo, extremamente atual nos debates sobre relações entre os povos e nações, apesar de 40 anos passados. Esta vitória somente foi possível fruto da unidade do povo vietnamita e da compreensão profunda dos seus dirigentes, do Partido Comunista do Vietnã, especialmente o líder Ho Chi Minh e o General Nguyen Von Giap. A característica chave da Resistência do Vietnã foi a formação de uma ampla frente política e social que se concretizou na Frente de Libertação Nacional, condutora da luta. A combinação da luta nacional com a luta política pelas transformações sociais no sudeste asiático permitiram consolidar as forças que rechaçaram as investidas criminosas das tropas norte-americanas.

O livro "Em Retrospecto" escrito pelo chefe do Departamento de Estado dos EUA durante a guerra, Robert S. McNamara, revela o pensamento nu e cru dos cérebros dirigentes estadunidenses da época: ”A força mais profunda de uma Nação depende não apenas de sua força militar, mas principalmente da unidade de seu povo. Falhamos mais uma vez… (…) Não temos o direito divino de decidir como cada nação deverá se comportar a partir de nossa própria imagem ou segundo nossa própria escolha.”

O inesquecível líder do povo vietnamita e condutor das grandes batalhas que expulsaram os invasores franceses, japoneses e norte-americanos, o presidente Ho Chi Minh – que não viveu o suficiente para assistir o momento da vitória final sobre o exército dos EUA – proclamou que “os americanos poderão enviar 500 mil soldados ou mais para nosso país… a guerra poderá durar 5 anos, dez anos, vinte anos ou mais. Hanói, Haiphong, e um número de cidades e empresas poderão ser destruídas. Mas o povo vietnamita não se amedrontará de nenhuma forma! Nada é mais importante que a independência e a liberdade. Quando o dia da vitória chegar, vamos reconstruir o país e vamos fazê-lo mais bonito e magnífico”.

Foi exatamente o que transcorreu nestes anos!

Viva o Partido Comunista do Vietnã! Viva a República Socialista do Vietnã e a unidade do povo vietnamita, em sua luta pelo desenvolvimento econômico e social, pela paz e harmonia entre os povos do mundo inteiro!

Renato Rabelo – Presidente Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Ricardo Alemão Abreu – Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

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Do Portal Vermelho, com informações da presidência nacional do PCdoB