Alckmin corta verba de programa para alfabetização de jovens e adultos

A secretaria de estadual de Educação de São Paulo cortou verbas do programa Alfabetização São Paulo para entidades conveniadas responsáveis pela educação de quase 15 mil jovens e adultos, que agora estão sem aulas.

Alckmin corta verbas de programa para alfabetização de jovens e adultos - Reprodução

Em Cotia, na região da grande São Paulo, a professora Regineide Alves da Silva, que há nove anos dava aulas em salas cedidas pela Cáritas Brasileira, da Igreja Católica, lamentou a suspensão das aulas: “Eram pessoas que buscavam com muita garra, com muita vontade, com muita determinação. Eles buscavam uma vida melhor”, falou à repórter Michele Gomes, do Seu Jornal, da TVT.

Outra entidade da cidade que também integrava o programa, o Conselho Comunitário de Educação, Cultura e Ação Social de Cotia, teve que fechar mais da metade das turmas e dispensar professores, por conta do corte de verbas. Desde 1997, o conselho recebia repasse de R$ 15 mil mensais para a alfabetização de cerca de 800 alunos. Hoje, são apenas 350.

"Os mais pobres, os mais fracos, aqueles que tem menos capacidade de reclamar é que foram cortados primeiro", afirmou José Bertuol, presidente do Conselho Comunitário, que relatou ainda casos de professores que estão trabalhando de graça para garantir a continuidade do projeto.

Enquanto isso, descaso com grevistas permanece 

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram na úlltima sexta-feira (24), em assembleia, pela continuidade da greve iniciada há 42 dias. Depois de uma caminhada pela avenida Paulista e rua da Consolação, os docentes "abraçaram" a sede da Secretaria da Educação, na praça da República, no centro de São Paulo. A Polícia Militar cercou o prédio e não permitiu a aproximação dos professores. Na última quinta-feira (23), o secretário Herman Jacobus Cornelis Voorwald, disse aos professores que não haverá reajuste salarial neste ano.

“A greve continua. E é culpa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do Herman, que ontem apresentou proposta de reajuste zero aos professores”, afirmou a presidenta da Apeoesp (sindicato da categoria), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.

Segundo a Apeoesp, 40 mil professores participaram da assembleia no vão livre do Masp e seguiram em passeata até a praça da República, onde fica a secretaria. 

Fonte: Rede Brasil Atual