Em reunião, UBM aponta perspectivas de atuação nas conferências

Reunidas durante essa sexta-feira (24), na sede do comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), na capital paulista, diretoras da União Brasileira de Mulheres (UBM) debateram as próximas ações políticas da entidade e a participação da militância feminista nas Conferências Nacionais de Políticas para Mulheres, Saúde, Serviço Social e Juventude, espaços onde a entidade possui ampla atuação.

Por Laís Gouveia

lucia Rincon

Liège Rocha, membro da executiva da UBM, considera a mobilização nos municípios um aspecto fundamental para a legitimidade na participação da UBM na Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, “é uma questão fundamental convocar a base para o debate, participar das comissões organizadoras e potencializar a ação da entidade na etapa nacional, inclusive para frear a onda conservadora que assola o país”, afirma.

A militante aponta outros temas que são atuais na luta pela emancipação da mulher e que serão prioritários para debater nas Conferências, “a questão dos próximos rumos da precarização do trabalho nas votações da terceirização e os índices de mortalidade materna, pois não atingimos os objetivos estipulado nos fóruns anteriores”, conclui Liège.

Para a presidenta da UBM, Lucia Rincon, a participação nas conferencias será pautada no plano de luta da entidade, “nossa meta é trabalhar na perspectiva das mulheres no mundo do trabalho, sua emancipação e empoderamento”, afirma.

Lucia destaca vários segmentos com os quais a UBM dialogará ao longo do processo da Conferência de Políticas para Mulheres. “Faremos o debate com a trabalhadora rural, na luta contra a violência contra mulher, à militância sindicalista, entre tantos outros”.

A entidade pretende realizar ainda esse ano um seminário sobre a sexualidade e prostituição. “Precisamos enfrentar esse debate”, conclui a presidenta.

Outros pontos como a atuação da UBM na Marcha das Mulheres Negras e na Marcha das Margaridas também foram temas destacados na reunião.

Marcha das Margaridas


Conferências Nacionais: Democracia e participação popular

Desde a chegada de Lula à presidência da República, em 2003, o governo federal estimula a população a participar das conferências de políticas públicas das mais variadas formas. Os fóruns, de caráter consultivo, têm como objetivo estreitar as relações entre governo e sociedade civil organizada e por consequência formular ações a serem implementadas pelos gestores. 

3ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres

De 1941 a 2013 foram realizadas 138 conferências nacionais, das quais 97 aconteceram entre 2003 e 2013 abrangendo mais de 43 áreas setoriais nas esferas municipal, regional, estadual e nacional. Aproximadamente, nove milhões de pessoas participaram do debate sobre propostas para as políticas públicas – desde as etapas municipais, livres, regionais, estaduais até a etapa nacional. As etapas preparatórias (municipais, territoriais, temáticas) são momentos importantes e ricos no processo de uma conferência. É nelas que o debate se intensifica, tanto nos temas nacionais como nos locais, proporcionando ao cidadão oportunidade de propor soluções para os problemas da sua cidade, estado e do país.

Do Portal Vermelho