Ciência e ficção científica

Algumas descobertas científicas, como a robótica, a clonagem e os satélites artificiais, foram previstas em livros e filmes antes de se tornarem realidade. Os impactos desse tipo de obra sobre o meio científico são discutidos pelo estúdio Ciência Hoje.

Cena do filme Planeta Proibido - Reprodução

Em entrevista a Fred Furtado, Lúcia Rodriguez de La Rocque, bióloga da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professora de literatura inglesa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), aborda a relação entre ciência e ficção científica.

Segundo La Rocque, a primeira obra de ficção científica evidencia uma relação de cautela com a ciência. Trata-se de um alerta contra um tipo de ciência experimental, presunçosa e particularmente isolada, que não comunica suas descobertas.

Essa atitude tem permeado esse gênero literário até os dias de hoje, com algumas variações. Em obras do fim do século 19 e início do século 20, por exemplo, o cientista por vezes é tratado como aventureiro e herói, aquele que trilha caminhos libertadores para a espécie humana.

A pesquisadora discute os rumos da ficção científica na segunda metade do século 20, quando desaparece a visão maniqueísta do cientista, seja como salvador, seja como possível exterminador da humanidade.

La Rocque fala ainda sobre a presença desse tipo de literatura no Brasil, sobre seu uso como veículo de divulgação científica e sobre os principais temas abordados atualmente na ficção que podem ser apropriados pela ciência no futuro.

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Fonte: Ciência Hoje