Dilma oferece apoio à Venezuela para reduzir tensões com EUA

A presidenta Dilma Rousseff ofereceu, em conversa com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na quarta-feira (8), apoio para amenizar as tensões com os Estados Unidos da América. Segundo o Palácio do Planalto, Dilma falou por telefone com Maduro e mais tarde, recebeu a chamada do vice-presidente dos EUA, Joe Biden.

Dilma oferece apoio para reduzir tensões entre EUA e Venezuela - Agência Brasil

“A presidenta reiterou a disposição do Brasil de continuar solidariamente desenvolvendo iniciativas que permitam fortalecer o diálogo entre o governo e as oposições venezuelanas nos marcos do Estado Democrático de Direito daquele país”, apontou a nota no Blog do Planalto.

Maduro pediu apoio de Dilma e mostrou estar disposto em ter uma relação mais pacifica com os EUA. “A presidenta saudou a iniciativa de Maduro e colocou-se à disposição para contribuir nessa direção”.

No próximo fim de semana a presidenta participa da Cúpula das Américas, no Panamá. No evento, a presidenta se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. No telefonema com o vice-presidente americano, Dilma confirmou o encontro com Obama.

O conselheiro do Departamento de Estado norte-americano, Thomas Shannon, se reuniu nesta quarta-feira (8) em Caracas com a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, para tentar diminuir o tom do recente atrito antes da Cúpula das Américas.

Venezuela e Estados Unidos atravessam uma forte crise diplomática, após um decreto do presidente Barack Obama de 9 de março considerava o país bolivariano uma "ameaça incomum e extraordinária" à segurança nacional. Na última terça-feira (7), a Casa Branca recuou e disse que a Venezuela não representa uma ameaça para seu país.

Desde o decreto do governo norte-americano, o presidente venezuelano realiza em seu país uma campanha de coleta de assinaturas intitulada "Obama revoga o decreto" que deverá ser entregue ao presidente estadunidense durante a Cúpula das Américas. Até esta quarta-feira (8), a informação era que o manifesto havia colhido mais de 8 milhões de apoios.  

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Do Portal Vermelho, com agências