Lula conclama militância a "ir à luta contra agressividade odiosa"

Durante encontro com dirigentes do PT, realizado nesta segunda-feira (30), o ex-presidente Lula disse que é preciso "levantar a cabeça" e "ir à luta". "O PT não pode ficar acuado diante dessa agressividade odiosa", disse.

Lula e Rui Falcão durante reunião do PT dia 30 de março de 2015

Lula também defendeu que a sigla aprofunde as relações com os movimentos sociais, via CUT, e apoie as manifestações organizadas pelas centrais.

O presidente estadual da legenda em São Paulo, Emídio de Souza, disse que Lula vai "viajar o país": "Ele pediu para militar, buscar nos estados e municípios o apoio. Pediu para cuidarmos da base social do partido, que é quem votou na gente", contou Emídio.

Na ocasião, os representantes regionais do PT aprovaram o Manifesto dos Diretórios Regionais em defesa do partido. No texto, o partido reforça a importância do 5º Congresso Nacional do PT para o fortalecimento da sigla, diz que é hora de a legenda "assumir responsabilidades", "sair da defensiva" e "corrigir rumos".

No documento, os dirigentes estaduais da sigla defendem dez bandeiras tradicionais da esquerda para reaproximar o partido, e consequentemente, o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), da base social da legenda. As principais propostas são a orientação da bancada petista no Congresso Nacional a aprovar proposta de taxação de grandes fortunas, que sofre resistências de setores do governo federal, a aprovação das reformas política e tributária e a ampliação dos direitos trabalhistas, na contramão do ajuste fiscal elaborado pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda).

Doações de campanhas

O presidente nacional do partido, Rui Falcão, reafirmou o compromisso com a reforma política, mas defendeu que a legenda deixe de receber doações empresariais e passe a receber exclusivamente doações de pessoas físicas, com limites.

A mudança na forma de recebimento dos recursos poderá ser votada em reunião do Diretório Nacional, no dia 17 de abril, em São Paulo. “Como podemos admitir que uma campanha para deputado em São Paulo tenha teto de R$ 10 milhões?”, questionou o presidente da legenda durante encontro.

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Fonte: Brasil 247 e Agência PT de Notícias