Justiça derruba liminar que paralisava ciclovias de São Paulo

No momento em que milhares de ciclistas em várias cidades do Brasil e do mundo realizavam protesto em favor das ciclovias de São Paulo, a Justiça derrubou a liminar que impedia a continuidade das construções.




Justiça derruba liminar que paralisava ciclovias de SP

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Renato Nalini, que derrubou a liminar, diz que “falta de prévio estudo de impacto viário não é o bastante”. “Isso porque não se pode equiparar a alegação de estudo deficiente, como quer o Ministério Público, à ausência completa de prévia avaliação do impacto”, afirma o desembargador.

Ele também afirma que a paralisação das obras “reduz a capacidade do Município de interferir no tráfego urbano, causa pesado impacto na comunicação entre as vias e potencializa o risco de acidentes”.

Bicicletaço

um bicicletaço foi organizado por ativistas na av. Paulista, na região central de São Paulo, para protestar contra a suspensão.

"Nunca vi tanto ciclista junto. Isso é para calar a boca de muita gente que acha que não tem demanda para as ciclovias em São Paulo", disse a médica Maria Aparecida, 48, no ato. Segundo uma das organizações ativistas, entre 3.500 e 4.500 ciclistas pedalaram nos dois sentidos da av. Paulista, onde a Prefeitura está construindo uma ciclovia. A obra da avenida era a única que não havia sido paralisada em resposta à demanda de Silveira. A médica Aparecida promete deixar o carro em casa e usar a bicicleta para chegar ao trabalho quando a obra for concluída. "Meu consultório é na região."

Também no bicicletaço, o cientista social Evandro Saboia, de 31 anos, disse que "a decisão da promotora vai na contramão da política mundial de mobilidade". Renata Falzoni, jornalista e cicloativista desde 1976, celebrou a manifestação: "Nós ciclistas somos uma massa de invisíveis, por isso acham que não estamos usando as ciclofaixas porque não causamos nem confusão nem trânsito."

Com agências