Justiça aceita denúncia do MP sobre cartel de trens em SP

A ação diz respeito a contratos de 2000 a 2007, período em que o estado foi governado pelos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin, e José Serra, além de Claudio Lembo, à época no PFL, hoje DEM. Os contratos investigados somam R$ 2,7 bilhões.

- Fotos e montagem: Jornal GGN

A Justiça aceitou ação civil pública do Ministério Público paulista que denuncia a existência de cartel em contratos com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) envolvendo 11 empresas privadas. A ação foi proposta em 4 de dezembro.

Na ação, acolhida pela Justiça no último dia 3, os promotores pedem a anulação de três contratos firmados no período de 2002 a 2007, a dissolução de dez das 11 empresas que constam no processo (Siemens, Alstom, CAF brasileira, TTrans, Bombardier, MGE-Manutenção de Motores e Geradores Elétricos, Mitsui, Temoinsa, Tejofran e MPE – Montagens e Projetos Especiais), o ressarcimento dos valores firmados e indenização por dano moral coletivo, que, somados, chegariam a R$ 418 milhões. A CAF espanhola ficou fora do pedido de dissolução.

“A Justiça acolheu e agora está correndo em rito normal. As empresas vão ser citadas e vamos entrar na contestação. Nossa estimativa é que em, no máximo, um ano isso seja julgado”, disse nesta sexta-feira (20) à Agência Brasil o promotor Marcelo Milani, um dos autores da ação.

Da Redação com Agência Brasil