Câmara cria grupo parlamentar entre Brasil e países do Brics 

A Câmara dos Deputados aprovou , esta semana, o projeto que cria o Grupo Parlamentar Brasil – demais países do Brics. Além do Brasil fazem parte do grupo Rússia, Índia, China e África do Sul. O objetivo do grupo é incentivar e desenvolver as relações entre os cinco países e cooperar para o maior intercâmbio entre seus poderes legislativos. A matéria já foi promulgada. 

Câmara cria grupo parlamentar entre Brasil e países do Brics

O termo Bric, sem a África do Sul inicialmente, surgiu em 2001 a partir de um relatório do economista-chefe do grupo financeiro Goldman Sachs, Jim O’Neill, no qual foram elaboradas projeções da economia para o ano de 2050.

Nessas projeções, ele sustentou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos países desse grupo superaria o PIB dos países mais desenvolvidos do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Inglaterra, França, Itália).

Embora os cinco países do Brics não constituam um bloco econômico formal, desde 2009 eles têm realizado encontros de cúpulas com o objetivo de melhorar a cooperação multilateral em temas como tratados de comércio, tecnologias e investimentos diretos.

Em 2014, o Brasil sediou a 6ª Conferência de Cúpula do Brics, na qual foi oficializado o acordo de criação do chamado Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), uma instituição financeira com o propósito de financiar projetos de infraestrutura em países emergentes.

Protagonismo

“A atuação do grupo perante a crise financeira mundial iniciada em 2008 evidenciou o protagonismo desses países na construção de novas estratégias para a resolução dos problemas globais”, afirmou o deputado André Figueiredo (PDT-CE), autor da proposta de criação do Grupo Parlamentar.

O deputado lembrou ainda que foram tímidos os avanços para maior participação dos países emergentes nos órgãos com grande poder de interferência na economia, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Por isso, a cooperação entre os parlamentos dos países do Brics tem como desafio ser parte de uma estratégia que busca não só o desenvolvimento justo e equilibrado deles, mas também uma projeção autônoma e soberana no cenário internacional, sem perder de vista a constante busca da superação das desigualdades e da pobreza em âmbito regional”, afirmou.

Fonte: Agência Câmara