Parlamentares e embaixadoras se unem pelo empoderamento da mulher 

Dentro do calendário de comemorações do Mês da Mulher, a bancada feminina do Congresso promoveu, nesta terça-feira (17), mais duas atividades para dar visibilidade à luta pelo empoderamento das mulheres. Para isso, reuniu as embaixadoras que servem em missão diplomática no Brasil, com objetivo de reforçar a parceria em atividades e ações de construção de um mundo mais igualitário. 

Parlamentares e embaixadoras se unem pelo empoderamento das mulher - Marcelo Favaretti

Após o encontro, que reuniu 16 das 21 embaixadoras, foi aberta a exposição do Banco Mundial sobre a violência contra a mulher. A Exposição 1 em 3: o que é preciso para te fazer sentir revoltado?, foi aberta no Salão Branco do Congresso Nacional, abordando a questão de violência de gênero através da arte multimídia.

A procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), ao discursar na abertura do encontro com as embaixadoras, destacou que a luta contra discriminação e pela igualdade não é somente do povo brasileiro, mas de todas as nações.

“A realidade da opressão – em maior ou menor grau – está presente em todos os países”, disse a senadora, ao anunciar o evento como “um reforço da parceria que já existe para que a democracia e a justiça social avance no Brasil e no mundo, principalmente na igualdade de direitos entre homens e mulheres.”

A senadora apresentou às embaixadoras a estrutura do parlamento brasileiro no engajamento pela igualdade de gênero. “Nós temos duas estruturas institucionalizadas no Senado e na Câmara, específica para tratar das questões de gênero”, afirmou a senadora, em referência a Procuradoria da Mulher no Senado e a Secretaria da Mulher na Câmara.

Segundo ela, essas estruturas trabalham juntas e com importantes parcerias, como a do Banco Mundial, das organizações sociais etc, para poder avançar nas leis e nas mudanças culturais e de costumes, “extremamente necessárias”, segundo a senadora, para garantir a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Próximo da população

A nova coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Dâmina Pereira (PMN-MG) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também falaram sobre as ações do parlamento em favor da luta das mulheres – de combate à violência de gênero, por igualdade no mundo do trabalho e nos demais setores da sociedade.

Ao iniciar sua fala, o Presidente do Senado fez “agradecimento público a senadora Vanessa Grazziotin pelo trabalho que tem realizado na Procuradoria desde a criação em 2013.” Ele disse que criou a Procuradoria sob inspiração da senadora, que havia cobrado uma estrutura no Senado para capitanear a luta das mulheres.

“O dinamismo que tem imprimido na Procuradoria da Mulher se agrega aos esforços para tornar o Senado mais próximo da população, ouvindo seus anseios e atendendo suas demandas, entre eles o combate à violência contra a mulher”, destacou Calheiros.

Exposição

Após o encontro com as embaixadoras, foi aberta a exposição 1 em 3: o que é preciso para te fazer sentir revoltado? (foto), anunciada pelo coordenador geral de Operação do Banco Mundial, Boris Utria. Ao discursar no evento, ele destacou que “em lugar nenhum do mundo houve mudança real sem o esforço concentrado da comunicação, incluindo as artes”, para explicar a importância da exposição na luta pela igualdade de gênero.

A mostra, que percorrerá vários países, distribuídos em todos continentes, chega primeiro ao Brasil, apresentando uma seleção de pintura, desenhos, peças de design e fotografias sobre a violência contra a mulher – desde agressão por parte de um parceiro, violência doméstica, tráfico humano, violência sexual em conflitos armados a formas mais perversas de violência emocional e psicológica.

O forte impacto emocional das peças tem como apoio dados levantados pelos mais recentes trabalhos sobre violência devido ao gênero. De acordo com o levantamento mais recente realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2012, uma em cada três mulheres em todo o mundo vão apanhar, serão forçadas a ter relações sexuais ou sofrer qualquer outra forma de abuso ao longo de suas vidas. Isso representa mais de 800 milhões de mulheres.

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier