Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ debate TV Digital

No dia 15, o Fórum Ciência e Cultura da UFRJ promoveu um debate sobre a TV Digital. Mediado pela profª Ivana  Bentes, diretora da Escola de Comunicação, o debate teve a participação do jornalista

Para Jandira, o que está em jogo neste momento é a democratização dos meios de comunicação. "Embora a produção da informação seja privada, o transporte, a circulação da mesma é concessão pública. Falta um marco regulatório para definir os interesses privados, estatais e públicos nas áreas de telecomunicações e radiodifusão".
 
Outro aspecto destacado pela deputada é o conteúdo. "A questão da nação e do povo brasileiro não é se vai aparecer chuvisco na imagem na tela da TV e sim quantos brasileiros e quais conteúdos são transportados pelo sistema de TV Digital", afirmou Jandira.
 
Jandira também ressaltou que as Universidades podem exercer um papel relevante no debate em questão, não apenas na dimensão tecnológica, mas sobretudo política.
 
O jornalista Gustavo Gindre sintetizou sua fala, afirmando que mais importante do que uma discussão técnica de modelo a ser implantado, o ponto central é a permanência do oligopólio ou a democratização da comunicação. "Mais importante é  multiplicar os canais públicos, estatais e privados, com tecnologia que o Brasil já possui. Significa discutir quem detém as patentes e a produção do conhecimento, para isso é preciso investir mais em tecnologia nacional. É preciso tratar da inclusão digital, quando apenas 20% dos lares brasileiros têm acesso a internet. O governo tem RS$ 4 bi do FUST sem aplicação" afirmou Gindre.
 
O prof. André Parente concentrou sua exposição sobre o poder oligopólio da mídia e a não democratização dos meios de comunicação. Para ele a questão chave é: vivemos um círculo vicioso de concentração do poder da mídia e do poder político. Intercruzam os oligopólios políticos com os da mídia. Vaticinou que sem democratização das mídias não há Reforma Política democratizante.