Dilma: Diferente do passado, não temos crise que paralisa o país

Na cerimônia de abertura da 21ª Edição do Salão Internacional da Construção (Feicon Batimat), no Parque do Anhembi, nesta terça-feira (10), em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff destacou aos empresários que o momento e de não deixar que "incertezas conjunturais" determinem suas perspectivas de futuro e reafirmou o compromisso do governo em garantir a retomada econômica.

Dilma Feira de Construção em São Paulo - Agência Brasil

"O Brasil passa por um momento difícil, mais difícil do que tivemos em anos recentes, mas nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem que estamos vivendo", salientou a presidenta Dilma, pontuando que Brasil tem condições de avançar na economia e chegar a "novo patamar". “Não temos mais crise que paralisa e quebra o país. Temos condições de daqui avançar para um outro patamar.”

“Estamos fazendo ajustes, mas não abdicamos nem abdicaremos em estabelecer as condições para que, o mais rápido possível, tenhamos uma economia competitiva e mais dinâmica. Por isso, não deixem que as incertezas conjunturais determinem sua visão de futuro do Brasil", declarou a presidenta.

Base sólida

Dilma destacou que a economia brasileira tem fundamentos sólidos. “Temos todas as condições de passar a uma nova etapa. Nós vamos fazer todo o esforço ao nosso alcance até o final deste ano para que os sinais de recuperação comecem a aparecer”, disse.

A presidenta salientou a importâncias das medidas econômicas tomadas pelo governo, mas enfatizou que elas não vão comprometer as conquistas sociais, "tampouco vão fazer o Brasil parar".

"A conjuntura atual é muito mais difícil que nos últimos anos, mas ela não pode ofuscar os avanços nem tampouco obscurecer que hoje temos as bases, o aprendizado para ir muito mais além do que já fomos, para dar saltos de produção e de competitividade ainda maiores", disse Dilma, lembrando que, entre 2008 e 2014, o governo absorveu parte importante da crise para não afetar o mercado interno.

"Eu tenho trabalhado de forma sistemática para superar ainda este ano essa desaceleração. E devemos ter presente que o setor alcançou um patamar superior nesses últimos anos e hoje é parte do papel estratégico e importante de qualquer estratégia de desenvolvimento do Brasil", disse ela.

PAC e Minha Casa, Minha Vida

A presidenta declarou os programas no setor de construção, que dão base para o crescimento da economia, como o PAC e o Minha Casa Minha Vida, serão mantidos. E afirmou, ainda, que as ações tomadas pelo governo para ajustar as contas públicas e reduzir a inflação têm o propósito de reforçar "os fundamentos econômicos do país e construir novas condições para o crescimento do emprego".

"As obras do PAC já contratadas e em curso vão ser mantidas, vamos anunciar aproximadamente a terceira fase do PAC. vamos abrir também, o mais cedo possível, acreditamos ainda neste mês, uma nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL) com novas parcerias fazendo concessão de aeroporto, porto, ferrovia e hidrovia e também ampliando a oferta de energia e água."

Ela reafirmou o compromisso com o lançamento da 3ª etapa do Minha Casa, Minha Vida que tem grande importância para o aquecimento do setor. “Nós vamos ser um pouco mais audazes, agora vamos para os 3 milhões de unidades habitacionais que nós queremos contratar até o final de 2018”, afirmou a presidenta.

Dilma citou também a importância da alteração do marco regulatório para concessões por meio de PPP (Parceria Público-Privado), que gerou mais demanda por produtos e serviços no setor de construção pesada.

Emprego

Segundo ele, esse crescimento do setor refletiu também na geração de emprego formal no setor. “Nos últimos 12 anos o emprego formal mais que dobrou passando de 1,10 milhão em 2002 para 2,78 milhões em dezembro deste ano. É importante sinalizar que uma parte das 544 milhões de pessoas que chegaram à classe média teve na construção civil uma alavanca, o primeiro degrau”, afirmou Dilma, lembrando que o setor atingiu um patamar superior nos últimos anos, resultado também da oferta de crédito que, a partir de 2003, passou de R$ 20,5 bilhões para quase R$ 500 bilhões, atingindo 9,7% do PIB.

Do Portal Vermelho, com informações de agências