Passe Livre: ALE aprova projeto de Lei

 

Alagoas não é um dos melhores estados em educação, mas na última terça (03) deu um grande passo para consolidar um exemplo na administração educacional.

Em sessão ordinária, os 24 deputados estaduais aprovaram por unanimidade, o Projeto de Lei do Passe Livre apresentado pelo governador na última sexta-feira.

Após cancelar um contrato ilegal e milionário (R$ 55 milhões) com empresas que ofertavam o serviço de transporte escolar, o Governador Renan Filho, pressionado pelo movimento estudantil, elaborou juntamente com as lideranças estudantis, o projeto aprovado sem grandes dificuldades pelo Executivo.

Apesar da votação ter sido unânime, a sessão chegou a ser suspensa por uma hora no intuito de que os deputados e seus partidos entendessem bem do que se tratava e chegar ao consenso de aprovar o projeto que, para os cofres públicos representa uma economia de R$ 25 milhões.

A ideia do governo é liberar 200 passes referentes ao dias letivos do ano mais 40 extras para ser usado nos fins de semana e feriados como queira o estudante. Também se pensa em restringir do passe livre, estudantes que morem em até 2 km de sua escola. Será negado o passe para estudantes com 25% de falta escolar.

De acordo com Pedro Mendes, Presidente da Associação dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (AESA), o passe livre possibilita uma expansão que o transporte escolar não permitia: “Ainda não é o projeto como a gente quer, sem nenhum tipo de restrição, mas já é um avanço. O passe livre é uma bandeira histórica do Movimento estudantil e garantir que ele seja um direito aqui no estado é uma grande vitória”.

O Governador Renan Filho declarou que "o próximo passo é trabalhar na implantação para que o projeto traga avanços para a educação em Alagoas. Esse é um momento histórico para a classe estudantil que luta há anos por essa medida. O governo do estado continuará firme para implantar as mudanças que Alagoas precisa".

Para o deputado Ronaldo Medeiros (PT), "É uma vitória também da Assembleia que aprovou um projeto de tamanha magnitude em tempo recorde. Apresentamos, discutimos e aprovamos em caráter de urgência".

Ainda de acordo com Pedro Mendes, o pequeno projeto de apenas 8 artigos precisa ser regulamentado, pois, “é necessário conceber a importância da formação complementar. É importante que a regulamentação do projeto seja construído com as entidades. Só a regulamentação vai garantir a concretização efetiva”.

De acordo com o líder estudantil, as entidades UNE, UBES e AESA reunirão os estudantes do CEPA para estudarem o Projeto.

Por Mariana Moura