Avança projeto que proíbe revista íntima de servidoras públicas 

Entre as muitas propostas que estão em pauta no Senado em favor das mulheres, foi aprovado, nesta quinta-feira (5), o projeto de lei que proíbe a revista íntima a funcionárias de órgãos públicos e entidades da administração direta e indireta nos locais de trabalho. Como a proposta foi alterada por duas emendas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), será enviada à Câmara dos Deputados para reexame.

governança no setor público

Nas mudanças feitas pelo Senado, foi estabelecida multa equivalente a 30 salários mínimos (R$ 23.400,00) ao empregador que descumprir a determinação – o valor fixo previsto no projeto (R$ 20 mil) estava sujeito a defasagem. Em caso de reincidência, a multa será cobrada em dobro. Essa arrecadação deverá ser destinada a órgãos de proteção dos direitos da mulher.

A outra emenda eliminou dispositivo do projeto determinando que a revista de mulheres em presídios e no curso de investigação criminal fosse realizada apenas por funcionários do sexo feminino. Em relação a esse tema, já tramita na Câmara o Projeto de Lei aprovado no Senado que restringe a revista manual de visitantes em presídios, dando preferência à sua realização com uso de equipamentos eletrônicos.

Tanto a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) quanto a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) já proíbem a revista íntima em trabalhadoras da iniciativa privada. A proposta vem, assim, estender a proteção às funcionárias de órgãos, autarquias, fundações e empresas públicas. E garante ainda à vítima de eventuais abusos indenização por danos morais e materiais.

Fonte: Agência Senado