ONU conclama ação para acabar com desigualdade de gênero até 2030

Um chamado à ação para acabar definitivamente com a desigualdade de gênero até 2030 foi feito neste sábado (28), ao término da conferência da ONU “As Mulheres no Poder e na Tomada de Decisões: Construindo um Mundo Diferente”. Após dois dias de debates, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assinaram um "chamado de ação" que declara 2015 como um "ano crucial" para a obtenção da igualdade de gênero.

"Temos que acelerar o passo. A igualdade entre mulheres e homens não existe em nenhum país do mundo", disse Bachelet na cerimônia de encerramento da reunião "As mulheres e o poder", que reuniu cerca de 60 mulheres líderes em diferentes áreas nos dias 27 e 28 de fevereiro.

O convite chama as "mulheres do mundo a renovar os esforços e as ações para colocar um fim à desigualdade de gênero". No compromisso, é exigido "o empoderamento das mulheres no cumprimento efetivo dos direitos humanos das mulheres e meninas e o fim da desigualdade de gênero até 2030".

Além disso, pretende "acabar com a diferença de investimentos na igualdade de gênero, equiparando os compromissos com os meios disponíveis para seu cumprimento".

O secretário-geral da ONU afirmou que agora é o momento de fazer as transformações para as futuras gerações.

A reunião da ONU Mulheres tinha como objetivo analisar os avanços e retrocessos nos direitos das mulheres desde a Conferência Mundial da Mulher, celebrada em 1995, em Pequim.

Dilma mandou mensagem

Em função dos compromissos em sua agenda – inauguração de parques eólicos no Rio Grande do Sul e no Uruguai – a presidenta Dilma Rousseff não pôde estar presente e gravou um vídeo com uma mensagem para Michelle Bachelet e demais chefes de Estado e governo participantes.

Dilma citou que neste ano se comemoram os 40 anos da primeira Conferência Mundial sobre a Mulher, no México, e os 20 anos da Quarta Conferência, em Pequim. Ela falou que dos avanços alcançados desde então no enfrentamento à discriminação e violência contra as mulheres, na promoção e na garantia dos direitos sexuais e reprodutivos. Mas apesar disso, ainda são necessários em todo o mundo tornar realidade os compromissos ali assumidos.

Em Pequim se afirmou que o avanço das mulheres e a conquista da igualdade entre homens e mulheres, são uma questão de direitos humanos e uma condição para a justiça social. Dilma afirmou que tem que se assegurar que esse compromisso seja também central na Agenda de Desenvolvimento Pós 2015 e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Assista abaixo a mensagem da presidenta:

Fonte: Bol Notícias e Blog do Planalto