Comissão da Verdade de PE receberá documentos históricos

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça entrega, às 12h desta sexta-feira (27), documentos históricos sobre a ditadura civil-militar (1964-1985) à Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, de Pernambuco.

Comissão da Verdade

 Os documentos serão entregues pelo presidente da comissão federal, Paulo Abrão, a Manoel Severino Moraes de Almeida, conselheiro da comissão pernambucana.

O acervo documental é composto por mais de 700 páginas, divididas em 14 documentos originais produzidos pelo Instituto de Polícia Técnica da Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco entre 1968 e 1977.

Todos os documentos foram integralmente digitalizados pela Divisão de Arquivo da Comissão de Anistia, onde também estarão disponíveis para consulta pública.

Entre outros documentos, serão entregues:

O exame do local da morte do Padre Antônio Henrique Pereira Neto, auxiliar direto de Dom Helder Câmara, sequestrado, torturado e assassinado em 27 de maio de 1969 por um grupo do Comando de Caça aos Comunistas e de agentes da polícia civil de Pernambuco.

Informações sobre a morte do estudante Odijas Carvalho Souza, registradas no documento relativo ao desmantelamento, pela repressão, de um aparelho do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).

O laudo pericial original relativo a atentado a bomba ao Aeroporto de Guararapes, que provocou duas mortes em 1966.

Reparação

Criada em 2001 para reparar moral e economicamente as vítimas de atos de exceção, arbítrio e violações aos direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988, a Comissão de Anistia é composta por 25 conselheiros, em sua maioria agentes da sociedade civil ou professores universitários.

Até janeiro de 2015, a Comissão havia recebido mais de 74 mil pedidos de anistia, declarando mais de 43 mil pessoas anistiadas políticas, com ou sem reparação econômica.

Serviço:

Entrega de documentos históricos à Comissão da Verdade de PE
Quando: a partir das 12h desta sexta-feira, 27
Onde: Auditório Presidente Tancredo Neves, Palácio da Justiça

Fonte: Ministério da Justiça