Aldo Rebelo empossa Hernan Chaimovich como presidente do CNPq

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, empossou, nesta terça-feira (24), o novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), o bioquímico Hernan Chaimovich. A cerimônia foi realizada no auditório do CNPq, em Brasília.

Aldo Rebelo na posse do novo presidente do CNPq Hernan Chaimovich

"O CNPq tem um papel importante em estimular, organizar e dirigir o esforço no que diz respeito ao desenvolvimento da ciência e da pesquisa no Brasil, e o professor Hernan Chaimovich é homem talhado para esse desafio", afirmou o ministro Aldo Rebelo. "O professor tem todas as credenciais para presidir essa grande instituição da nossa pátria. No Brasil, além de uma carreira brilhante como pesquisador, ele fez política acadêmica para abrir caminhos para evolução da ciência e da pesquisa", ressaltou.

Em seu discurso, o novo presidente falou sobre a importância estratégica da ciência para o desenvolvimento nacional e do papel do CNPq no esforço conjunto do governo e da sociedade para fazer o país avançar. Segundo ele, é necessário aplicar o conceito de inovação em todos os níveis da sociedade.

"No século 21, é inconcebível pensar na criação do trabalho decente, no combate à pobreza e no fortalecimento da governabilidade democrática sem criar e usar ciência de forma intensiva e abrangente", disse. "É necessário aplicar as tecnologias adequadas localmente, levando inovação a todos os níveis da sociedade e aprimorando o ensino de ciências", completou.

Metas de gestão

Chaimovich enumerou uma série de princípios que irão orientar seu modelo de gestão. Nas suas palavras, a instituição de fomento "deve financiar, exclusivamente, o que apenas o CNPq pode financiar com excelência na análise de mérito e na avaliação de impacto, sempre observando os códigos de conduta que devem caracterizar a ética pública".

Além disso, o órgão deve colaborar na formulação de projetos estratégicos para que a pesquisa científica básica e tecnológica e a inovação "cumpram, efetivamente, o seu papel essencial no desenvolvimento sustentável e socialmente justo do país". "Se cada órgão focar no que apenas ele pode fazer, ou no que faz de melhor, a execução de projetos nacionais e utilização de recursos públicos pode ser otimizada", defendeu.

Ele também pontuou que a interdisciplinaridade entre as diversas áreas de conhecimento e a sinergia entre instituições de ensino e pesquisa e as políticas públicas são o que determina a busca pela excelência científica.

Gestão anterior

Aldo Rebelo e Hernan Chaimovich destacaram a importância da gestão do ex-presidente Glaucius Oliva, inclusive no que tange ao trabalho conjunto com outros órgãos públicos e entidades. À frente da agência, Oliva constituiu uma série de parcerias com ministérios, agências regulatórias, instituições de pesquisa, empresas e organizações não governamentais.

"Dezenas de parcerias foram estabelecidas e com o lançamento de editais temáticos em assuntos de interesse comum", disse Oliva. Desses editais, ele destacou as chamadas públicas da Secretaria de Política para Mulheres, com o edital para pesquisa sobre gêneros, mulheres e feminismo, e o edital sobre produção de pesquisas e estudos para monitoramento, avaliação e aprimoramento do programa Minha Casa Minha Vida, do Ministério das Cidades.

"Em pouco mais de três anos nós multiplicamos por 25 o número de bolsas concedidas a estudantes e pesquisadores brasileiros pelo CNPq no exterior", afirmou. "Eram 500 bolsas por ano em 2010 e foram 12,5 mil no ano de 2014", afirmou. No mesmo período, acrescentou, o CNPq atendeu 322 mil bolsistas. "Investimos R$ 10,4 bilhões em projetos e bolsas", comentou.

Fonte: Ministério da Ciêcia e Tecnologia