Vanessa Grazziotin: Combate à corrupção deve ser permanente 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em discurso no plenário do Senado, nesta quarta-feira (4), defendeu que todos os envolvidos em atos de corrupção, direta ou indiretamente, sejam rigorosamente punidos, para estancar o processo e para evitar que novos casos ocorram. Vanessa referiu-se às denúncias de irregularidades na Petrobras, mas também ao caso do cartel de trens em São Paulo, que aponta irregularidades nos contratos do governo do estado com as empresas de metrô entre 1998 e 2008.

Vanessa Grazziotin: Combate à corrupção deve ser permanente - Agência Senado

Após observar que o atual governo de São Paulo, assim como o anterior, sabiam do "cartel da roubalheira que estava acontecendo", a senadora reafirmou que a corrupção deve ser combatida permanentemente e não ser enfrentada uma ou outra vez, em um ou noutro caso.

“O atual governo, que, aliás, reelegeu-se no Estado de São Paulo, o governo anterior, que sabia do cartel da roubalheira que estava acontecendo, nada fez. Foi por que participaram também?” indaga a senadora, para quem não pode haver pronunciamentos parciais.

“Corrupção tem de ser punida aqui, mas ali, não; ali, vamos fazer de conta que ela não existe. Não, aquele caso é local, aquele caso não é nacional”, avalia a parlamentar, destacando que “o que nós não podemos aceitar — e o povo não aceita, porque, como dizem, o povo não é idiota; alguns podem até pensar que é, mas não é — são pronunciamentos parciais”.

Economia mundial

A senadora Vanessa Grazziotin também fez uma análise da economia mundial para justificar as dificuldades pelas quais o Brasil está passando. Ela lembrou que desde 2008, quando começou a crise nos Estados Unidos, outros países sofreram seus efeitos, como os da Europa, além do Japão e da China, que crescia 10% ao ano e teve uma redução no crescimento, passando para 7,4% no ano passado, menor percentual em 24 anos.

Vanessa Grazziotin ressaltou que as dificuldades no Brasil passam ainda pelas alterações climáticas, que geram crise no abastecimento de água e produção de energia elétrica, com forte impacto no preço dos alimentos e outros produtos,

“Não poderíamos imaginar que pudesse ser diferente. Nem a China, gigante da economia, conseguiu manter os seus níveis de crescimento econômico, como que nós poderíamos imaginar que o Brasil não pudesse sofrer qualquer tipo de reflexo? Indaga a senadora.

Para ela, “os reflexos que nós estamos sofrendo são bem menos significativos do que em outros países. E essa crise o governo não permitiu que atingisse de cheio o conjunto dos brasileiros, as pessoas mais humildes”.

Do Portal Vermelho
De Brasília, com Agência Senado