Vanessa tem proposta para acabar com controvérsia sobre mamografia 

A realização de mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para rastrear casos de câncer de mama em mulheres a partir dos 40 anos, como determina lei aprovada em 2008, tem sido questionada pelo próprio Ministério da Saúde, que quer limitar a realização de mamografias apenas em mulheres dos 50 aos 69 anos de idade. 

Vanessa tem proposta para acabar com controvérsia sobre mamografia - Agência Senado

Para superar as controvérsias geradas em torno da lei e da Portaria Ministerial, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Procuradora da Mulher no Senado, apresentou projeto que altera a lei de 2008, para estabelecer “a realização de mamografia em todas as mulheres que se encontrem na faixa etária definida pelo gestor federal do SUS ou, quando solicitado pelo médico assistente, nas mulheres com risco elevado de câncer de mama ou naquelas para as quais o exame seja necessário para elucidação diagnóstica”.

Segundo a senadora, a definição da idade estabelecida pelo Ministério da Saúde é baseada em estudos e em recomendações de instituições respeitadas, a exemplo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirma, em relação ao câncer de mama, só existirem evidências suficientes da eficácia do rastreamento em mulheres entre 50 e 69 anos de idade.

Segundo a entidade, a realização de exames para detecção de câncer de mama em idades inferiores a 50 anos justifica-se somente em programas para diagnóstico precoce cuja população-alvo sejam mulheres que apresentem nódulo de mama ou que tenham importante histórico familiar da doença, como a detecção de câncer de mama em parente de primeiro grau com menos de 50 anos.

“Dessa forma, julgamos pertinente a iniciativa de retirar do texto legal a referência ao limite mínimo de idade para assegurar a realização do exame, pois ele deve ser indicado sempre que for importante para a atenção integral à saúde da pessoa”, justifica a senadora.

Para ela, “o SUS deve assegurar a mamografia a todas as pacientes com risco elevado de câncer de mama ou com alterações mamárias que necessitem de esclarecimento diagnóstico, independentemente da idade.”

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram diagnosticados em 2014, no Brasil, cerca de 57 mil casos de câncer de mama, que, segundo a Sociedade Brasileira de Cancerologia, segue como principal causa de morte entre as mulheres brasileiras.

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier