No Rio, Bienal da UNE celebra Drummond e criação poética

A 9ª edição do maior festival estudantil da América Latina, que começa neste domingo (1º/2) no Rio, será também da literatura.

As atividades da área prestam reverência aos autores de prosa e verso que buscaram traduzir o Brasil em suas obras. No Rio de Janeiro da Academia Brasileira de Letras e da Biblioteca Nacional, da gíria poética das favelas, das invenções linguísticas do funk, do rap e do samba e das narrativas imortais de Machado de Assis e tantos outros, a literatura no festival destaca três grandes momentos.

Na segunda-feira (2), às 16 horas, acontece o sarau Vozes Drummondianas, da mostra convidada de literatura, sob a batuta do coletivo Balalaica (RJ), grupo de poetas que trabalha com oficinas de jogos e interferências culturais.

“Montamos uma dinâmica especial baseada nos poemas de Drummond. Além de incorporar poemas próprios do coletivo e de outros poetas brasileiros que dialogam com a obra do poeta mineiro, como João Cabral de Melo Neto, Adélia Prado e Torquato Neto. Vamos dar diversas vozes ao Drummond”, disse Bruno Borja, do coletivo.

Participam ainda do sarau representantes do Memorial Carlos Drummond de Andrade, de Itabira (MG), terra natal do poeta, e do Instituto Moreira Salles, responsável pelo acervo pessoal de Drummond.

Na terça-feira (3) os autores Pedro Tostes, David Cohen, Valmir Moratelli e Allan Dias lançam livros de poesia a partir das 16 horas. Os autores foram convidados para falarem sobre suas obras que dialogam com o tema da 9ª Bienal, “Vozes do Brasil”.

Mostra selecionada com Sergio Vaz

Na quarta (4), às 18 horas, acontece o sarau da mostra selecionada, com 19 trabalhos (poesia, crônicas e contos) escolhidos com ajuda da professora do Instituto de Letras da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Lúcia Deborah Araujo.

Quem comandará os trabalhos no sarau será Sérgio Vaz, poeta de São Paulo que traz a experiência de 14 anos à frente da Cooperifa. O movimento transformou um bar na periferia paulista em centro cultural e promove saraus como incentivo à leitura e à criação poética.

Vaz será uma espécie de mestre de cerimônias, mas fará também suas intervenções. “Não vou perder a oportunidade de declamar uns poemas meus também”, afirmou o poeta, um dos nomes mais esperados na Bienal.

Espaços e oficinas

Todos os eventos da área de literatura na Bienal rolam no Café Literário Largo de Itabira, na Fundição Progresso.

O espaço promete ser o ponto de encontro da galera para bate-papos e saraus improvisados, e será palco ainda de atividades como seminários e exibição de mostras de outras expressões artísticas.

A cenografia do espaço promete surpresas para os selecionados. Na entrada do largo até o terraço serão espalhados fragmentos das poesias selecionadas dos estudantes.

A Bienal terá também uma biblioteca aberta aos estudantes e um espaço para leitura na praça Alegrete.

Além disso, há oficinas de poesia sensorial (dia 2), poéticas da oralidade (3) e de libras (5). 

Confira toda a progração da Bienal aqui.

Fonte: Portal da UNE