Ministro afirma que tecnologia e inovação garantem democracia 

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, que participou da abertura do seminário Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e a atuação parlamentar do PCdoB no atual quadro político do país, nesta sexta-feira (30), em Brasília, disse que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem compromisso estratégico com o futuro do país. “Para elevar o padrão de vida material e espiritual da nossa população e aumentar o bem-estar social.” 

Ministro afirma que tecnologia e inovação garantem democracia - Lid. PCdoB na Câmara

“Se não for para isso, para que queremos o MCTI?” indagou o ministro que assumiu a pasta no último dia 1º de janeiro para o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. E afirmou que “se nosso país tiver força política e tecnológica, nós estaremos em melhores condições de nos defender e escalar os cumes da democracia e do bem estar do nosso povo.”

“O nosso desafio diante da tarefa que recebemos da presidenta – que é dirigir o MCTI – tem que ser considerada a luz dessa análise feita pelo Renato (Rabelo). O mundo vive um momento economicamente difícil. Mesmo os países detentores de maior dinamismo passam por um processo de acomodação”, disse o ministro, confirmando a fala do presidente nacional do PCdoB na abertura do evento.

Para o ministro, o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação pode garantir o alargamento da democracia no Brasil. “Não há democracia digna desse nome – profunda, verdadeira e persistente – se não se apoiar em país independente, soberano e possa oferecer bem-estar a sua população”, explica Rebelo, para quem um país não se desenvolve sem tecnologia e inovação.

Para mudar a situação

Demonstrando completo domínio do setor – o que provocou elogios da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) -, o ministro disse estar empenhado em reverter a situação atual do Brasil, que dispende uma fortuna no aluguel de máquinas e equipamentos e na remessa de royalties.

“Não é uma situação simples para nós. Mesmo na agroindústria, com a Embrapa, nós estamos em terceiro lugar. No quesito inovação nós vamos para trás do 50º lugar”, disse, comparando o desempenho do Brasil na área com outros países do mundo.

Para ele, o Brasil deve se aproveitar do excelente desempenho da agricultura e do minério para resolver o problema da indústria. “Já fizemos isso em épocas passadas, aproveitando o café para a industrialização do país.”

Projetos estratégicos

Além da inovação, o ministro falou sobre os projetos estratégicos para o país que estão afeitas à sua pasta, como o projeto nuclear. Segundo ele, o Brasil é um dos três países do mundo que tem o ciclo completo – produção de urânio, centrífugas e usinas. “Temos o complexo industrial e tecnológico, mas tem que fazer investimento, para fazer a tecnologia avançar como na área de saúde”, citando o exemplo da produção de fármacos.

Outro projeto estratégico é na área espacial, que também exige todo o processo – foguete, base de lançamento e satélite. E a informática, necessário para a defesa do país na área militar e civil contra ameaça ao sistema financeiro, segredos de Estado e segredos industriais, que também exige esforço para um maior aproveitamento.

O ministro anunciou que já está fazendo contatos com a comunidade científica, a indústria e a sociedade, para aproximá-los. “Para não ficar como se a ciência, tecnologia e inovação fossem de interesse distante da população e das entidades”, explicou Aldo Rebelo.

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Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier