Programa estimula construção de cisternas para combate à seca

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) alcançou a marca de 15 mil cisternas de abastecimento humano instaladas na região norte da Bahia com o programa Água para Todos. Os reservatórios beneficiam mais de 75 mil pessoas.

Governo investe mais de R$ 143 milhões para construção de cisternas - Reprodução

Esse é o resultado do mais recente balanço de ações do programa, realizado pela 6ª Superintendência Regional da Companhia, sediada em Juazeiro (BA). Somente em 2014, a Codevasf implantou 11 mil cisternas em 13 municípios da região.

De acordo com o coordenador regional do Água para Todos na Codevasf, Joselito Menezes, o programa tem atendido especificamente famílias em condições de vulnerabilidade econômico-social.

“É importante frisar que muitas famílias não dispunham de uma fonte de água de boa qualidade para o consumo até a distribuição e a instalação das cisternas. Essas ações mudaram a qualidade de vida dessas populações, com efeitos positivos em sua saúde e maior disponibilidade de tempo para as tarefas do dia a dia”, ressalta.

Qualidade

Os reservatórios implantados pela companhia são de polietileno e têm entre suas principais características a simplicidade do processo de instalação, a resistência e a vedação do armazenamento. O equipamento têm capacidade de armazenamento de 16 mil litros e sua vida útil é estimada em 30 anos.

O abastecimento ocorre durante os períodos chuvosos: a água da chuva é aparada no telhado do local beneficiado e conduzida, por meio de um sistema de calhas e canos, para o interior do reservatório.

Com a observância de cuidados básicos – que são comunicados aos beneficiados em treinamentos específicos, a água é própria para saciar a sede e para o preparo de alimentos. Nas localidades em que a estiagem tem sido mais severa, as cisternas estão permitindo que os beneficiados guardem com segurança a água provida por carros-pipa.

Comitês

A indicação dos beneficiários é responsabilidade de comitês gestores municipais e comissões comunitárias, formados por representantes da sociedade civil, sindicatos de representação rural, associações rurais, igrejas e poder público municipal.

Os comitês devem observar em suas indicações as diretrizes do programa, que são: os beneficiários devem ser famílias que residam em áreas rurais, vivam em situação de extrema pobreza ou pobreza – o que significa possuir renda per capita mensal de até R$ 140 –, tenham carência de acesso à água e tenham feito inscrição no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico).

Fonte: Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba