Projeto São Francisco construirá casas para 98 famílias quilombolas

As casas de taipa de 98 famílias quilombolas de Pernambuco serão substituídas por construções de alvenaria nos municípios de Cabrobó, Carnaubeira da Penha e Mirandiba, no sertão do estado. A ação é promovida por meio de parceria entre o Ministério da Integração Nacional (MI) – que gerencia o Projeto de Integração do Rio São Francisco – e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os contratos foram assinados na última semana, em Recife (PE).

Comunidades tradicionais - Fundação Palmares

 As famílias quilombolas beneficiadas residem na região de abrangência dos canais do Eixo Norte e do Eixo Leste da maior obra de infraestrutura hídrica do País.

A expectativa é que as novas moradias, cuja entrega está prevista para 2016, contribuam com as condições de saúde dessas populações tradicionais, especialmente no que diz respeito à redução da incidência da doença de Chagas – casas de taipa favorecem a proliferação do barbeiro transmissor da enfermidade.

As obras custarão R$ 2,8 milhões e serão executadas pelas empresas RM e Evidência. A parceria para a execução dos Programas Básicos Ambientais do Projeto de Integração do Rio São Francisco já garantiu a entrega de 588 casas.

Projeto São Francisco

Orçado em R$ 8,2 bilhões, o Projeto de Integração do Rio São Francisco prevê recursos de quase R$ 1 bilhão (quase 12% do total) para programas básicos ambientais, em conformidade com as condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Trata-se do mais significativo volume de investimentos nas questões socioambientais e arqueológicas do semiárido setentrional.

O projeto é a mais relevante iniciativa do governo federal por meio da Política Nacional de Recursos Hídricos. O objetivo é garantir a segurança hídrica para 390 municípios no Nordeste Setentrional, que abrigam mais de 12 milhões de pessoas e onde a estiagem ocorre frequentemente.

Fonte: Ministério da Integração Nacional