Javier Alfaya: "Não tenho nada a esconder ou do que me envergonhar"

"Não tenho nada a esconder ou do que me envergonhar", declarou secretário nacional de Cultura do PCdoB, Javier Alfaya, ao rebater publicação do impresso "A Tarde" no qual associa o nome do dirigente comunista à operação  "Lava-Jato".

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Na nota, Alfaya esclareceu que "não existe a menor possibilidade de ter participação em atos como os que tem sido objeto das investigações".

Segue íntegra da nota:

Amigas, amigos,

Faço um esclarecimento urgente . Saiu na edição de hoje do Jornal "A Tarde" uma nota na pagina B2, intitulada " PF levanta suspeita sobre Javier Alfaya". O texto fala que meu nome apareceria em agenda de doleiro sob investigação na operação "Lava-Jato".

Faço questão de deixar bem claro que as contas de minhas campanhas sempre revelaram a verdade, e estão todas aprovadas, e revelam custos muito discretos, refletindo o caráter mais militante das campanhas, nunca baseadas em compra de votos ou coisa parecida. A todos e todas a quem pedi contribuição não tinham relação – pelo menos que eu soubesse – com suposto esquemas sob investigação, nem tinham relação com a Petrobrás ou empresa pública.

Acabei de pagar há poucos meses atrás dois empréstimos bancários fruto das dificuldades financeiras decorrentes das campanhas para deputado estadual de 2010 e de vereador de 2012. Não possuo bens a não ser dois apartamentos quarto e sala declarados no Imposto de Renda e dois automóveis comprados com financiamento bancário, um deles começando agora em janeiro.

Quem me conhece de perto sabe que não me mexo na vida atrás de símbolos de status social num sistema de valores que luto para superar. Patrimônio exagerado e riqueza não fazem parte de meus objetivos , me envolver em esquemas pouco claros na politica não faz parte do meu passado, nem presente, nem o será no futuro.

Sou o maior interessado em saber o que consta nessas anotações e o porque disso. Não tenho atividade empresarial de qualquer tipo e nos últimos 25 anos tenho desenvolvido atividades parlamentares, como vereador e deputado, e cargos de nomeação politica, articulados pelo Partido, o PCdoB, vivendo financeiramente falando dos salários decorrentes de minhas atividades institucionais.

Não existe a menor possibilidade de ter participação em atos como os que tem sido objeto das investigações.

Vou tomar o máximo de informações a partir de hoje e manter todos informados sobre episódio.
Repito que o maior interessado em saber sou eu. E não tenho nada a esconder ou do que me envergonhar.

Pela reforma política democrática já! Pelo fim das contribuições de empresas para campanha e pela adoção da contribuição pública e pessoal/individual para a atividade eleitoral e política. É o que penso e defendo, é o que defendemos no PCdoB.

Abraços,

Javier Alfaya