Famílias contam como cisternas permitem convívio com a seca 

 O sol é o companheiro mais frequente no Semiárido brasileiro, chuva só de vez em quando. Eliete de Macedo Oliveira, agricultora familiar de Araripina (PE), conta como era a rotina antes de ter uma cisterna do Programa Água para Todos: “A gente levava balde, trazia balde na cabeça, balde cheio de água. Aí vinha com aquele pouquinho de água, deixava aqui para passar pela luta do dia. No outro dia já voltava lá de novo.”

Famílias contam como cisternas permitem convívio com a seca

Com o Água para Todos, inserido no Plano Brasil Sem Miséria, foram entregues, entre 2011 e novembro de 2014, 771 mil cisternas de consumo a famílias, como a de dona Eliete, que vivem na pobreza e na extrema miséria no Semiárido brasileiro.  

Juntos, esses reservatórios têm capacidade de armazenamento de 12,3 bilhões de litros de água usadas para beber e na preparação de alimentos. “As cisternas vêm transformando a vida de milhares de famílias, porque elas podem armazenar água de boa qualidade para seu consumo e, assim, ter maior segurança alimentar”, afirma o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Com bate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos.

A família de Juvita da Cruz, agricultora familiar de Uauá (BA), foi beneficiada pelo programa e em seu sítio agora tem água o ano todo. “Veio a cisterna de consumo, a gente começou a beber água limpa, né. A cisterna de consumo serve para beber, para cozinhar, para lavar roupa… Depois que chegou a água, serve para tudo. Não me sinto rebaixada não, não me sinto fraca não, me sinto forte.”

Damiana Vicente da Silva, de Santana do Cariri (CE), disse que antes da cisterna, sua família pensava em deixar a agricultura familiar. “Hoje a gente não pensa em sair do campo, que antes eu vivia falando: ‘Eu vou embora daqui, eu quero morar em um lugar que tem água, não aguento mais’. Mas hoje eu agradeço a Deus e a esse programa que veio para beneficiar muitas famílias.”

Assista ao vídeo "O sertão vivo e a água que faz a vida brotar", que foi exibido durante o seminário Inclusão Produtiva Rural – Experiências, Perspectivas e Desafios a partir do Plano Brasil sem Miséria.

Da Redação em Brasília
Com informações do MDS