Transporte: Trabalhadores em luta em Florianópolis e Criciúma

A Capital de Santa Catarina, Florianópolis, parou nesta terça-feira, em razão da paralização do transporte público, após mobilização do Sintraturb – Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urb

A paralização em Florianópolis durou 11 horas, iniciou ás 7:40 horas da manhã e encerrou ás 18:40, sendo que os terminais, como o Terminal de Integração do Centro (Ticen) foram fechados e abertos várias vezes ao dia, sem circulação de ônibus.
 
A paralisação foi uma advertência do Sintraturb, que planeja novos protestos para os próximos dias. Os motoristas e cobradores querem aumento real de salário de 5%, correção da inflação, reajuste no vale alimentação e garantia de emprego.
 

 

A categoria afirma que os patrões não querem negociar O assessor do Sintraturb, Ricardo Freitas, afirmou que as medidas tomadas de mobilização dos trabalhadores e paralização é uma advertência aos patrões, prefeitura e governo do estado, que até hoje não apresentaram uma proposta de reajuste salarial para motorsias e cobradores. Freitas destaca que a paralisação vem sendo adiada por dois meses e meio, na tentativa de negociar as reivindicações da categoria. “Esse é o tempo que estamos tentando obter uma negociação com a prefeitura e com os patrões, e também com o governo do Estado, por meio do Deter. A data-base da categoria é 1º de maio e já estamos no dia 16. A gente também quer alertar a população que não recebemos nenhuma proposta. Simplesmente não há negociação”, afirma. 
 
O assessor ressalta que as empresas vêm descumprindo normas trabalhistas acertadas com o Sindicato. “Há uma ameaça latente de demissão sobre a cabeça de mais ou menos 1,2 mil a 1,3 mil funcionários com a nova política tarifária da prefeitura, que está sendo proposta na Assembléia Legislativa, que inclui a substituição de trabalhadores por catracas eletrônicas”.
 
O transporte público na capital está garantido até esta quinta-feira, quando empresários, governo e trabalhadores realizam rodadas de negociação. O Sintraturb pretende realizar nova paralização caso não se estabeleça entendimento sobre os pontos apresentandos pelo sindicato. Mais de 350 mil pessoas dependem do transporte público em Florianópolis, a paralização contou com a adesão de 4,5 mil trabalhadores em toda a região metropolitana de Florianópolis.
 
 

Greve em Criciúma

 
Uma reunião nesta quinta-feira (18) entre trabalhadores e patrões em Criciúma pode deflagrar uma greve no transporte na principal cidade do sul do estado. O encontro entre os sindicatos patronais e de trabalhadores está marcado para ocorrer na sede da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
 
Os trabalhadores reivindicam 12% de ganho real e 3,33% de reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de algumas cláusulas sociais.  O secretário do Sindicatos dos Trabalhadores do Transporte Coletivo, José Carlos Gonçalves, afirma que se não houver uma contra-proposta, a greve pode ser decretada ainda nesta quinta-feira (18). A primeira rodada de negociação com a participação das empresas aconteceu no último dia 12, mas as empresas ofereceram apenas o reajuste pelo INPC.

  
 
 
De Florianópolis
Vinícius Puhl