Brasil ganha 4x mais com turismo de negócios do que de lazer

 A Pesquisa completa de Impacto Econômico dos Eventos Internacionais Realizados no Brasil desenvolvida pela FGV para a Embratur revela que turistas de Negócios e Eventos gastam em média US$ 329,39 por dia no Brasil. Esse número é quatro vezes maior que as despesas dos visitantes internacionais que visitam o País em viagens de Lazer, com gasto diário de US$ 73,77.

 “Com uma permanência média de sete noites no País, a maioria dos entrevistados informou que pretende retornar – 38,6% em no máximo dois anos. A imagem do País é positiva para 74% e mais, 92% elogiaram a receptividade do povo brasileiro. Essa base quantitativa é muito importante para a Embratur”, destacou o presidente do Instituto, Vicente Neto.

A pesquisa foi realizada em 19 eventos internacionais nas cinco regiões do País, entre os meses de abril e setembro deste ano, e ouviu 1.726 participantes. O estudo mostra que as cidades mais visitadas por turistas estrangeiros de Negócios e Eventos são: Rio de Janeiro (33,4%), São Paulo (16,4%), Manaus (6%), Foz do Iguaçu (5,8%), Belém (4,4%), Salvador (4,3%). Dos entrevistados, 67,2% estiveram no Brasil pela primeira vez e 60,4% dos que já visitaram o País estiveram aqui por motivo de Negócios e Eventos. As cidades mais visitadas na viagem anterior foram Rio de Janeiro (27,5%), São Paulo (21,6%), Florianópolis (4,9%), Salvador (4,6%) e Foz do Iguaçu (3,6%). “Os turistas que visitaram a cidade de realização do evento pela primeira vez somam 86,7%”, afirmou Neto.

Sobre a cidade-sede do evento, 74% dos entrevistados disseram que a imagem é positiva. Entre os que planejam ficar na cidade do evento, a permanência média é de 3 dias. Sobre a receptividade dos atendentes locais e das pessoas, 92,6% avaliaram como muito boa ou boa.

A organização da viagem também foi tema do estudo, que mostrou que para 64,4% dos entrevistados, o fato do evento ter sido realizado no Brasil influenciou positivamente a decisão de participar. Quando perguntados, a maior parte dos entrevistados (52%) disse que a viagem foi organizada por eles mesmos. Do total, 45% dos participantes buscaram a organização do evento no Brasil para colher informações sobre serviços e produtos turísticos, enquanto 20% procuraram a internet.

“Os participantes com nível superior correspondem a 97,4% do total, e 41,9% têm renda acima de US$ 4 mil, o que representa um público com alto poder aquisitivo. São turistas capazes de retornar aos seus países com boas informações sobre o Brasil e até despertar o desejo de conhecer outros destinos brasileiros”, ressaltou Vicente Neto.

Ainda segundo o presidente da Embratur, “a pesquisa mostra a importância do Turismo de Negócios e Eventos como política eficaz de promoção do Brasil no exterior”. Ele acrescenta também “que os grandes eventos esportivos realizados confirmam de vez a vocação do País como um grande realizador de eventos internacionais”.

Em dez anos, os congressos e convenções de negócios realizados no Brasil registraram um aumento de 408%. Conforme os dados divulgados em maio pela ICCA (Internacional Congress and Convention Association), entre 2003 e 2013, o total de eventos passou de 62 para 315. No mesmo período, o número de cidades que sediaram esse tipo de evento subiu 145%, passando de 22 para 54. O ranking divulgado mostra que o Brasil permaneceu entre os dez países que mais recebem congressos e convenções associativas. Confira os dados consolidados da pesquisa:

PESQUISA DE IMPACTO ECONÔMICO DOS EVENTOS INTERNACIONAIS REALIZADOS NO BRASIL

Embratur e FGV (Fundação Getúlio Vargas)
– 19 eventos nas 5 regiões do País, com 1.726 entrevistados.

Informações sobre a viagem
– 67,2% primeira vez que visita o Brasil;
– 60,4% dos que já visitaram o Brasil estiveram no País por motivo de Negócios e Eventos;
– As cidades mais visitadas na viagem anterior foram: Rio de Janeiro (27,5%), São Paulo (21,6%), Florianópolis (4,9%), Salvador (4,6%) e Foz do Iguaçu (3,6%);
– 86,7% visitaram a cidade de realização do evento pela primeira vez;
– 61,6% utilizaram o táxi como meio de transporte do aeroporto para o meio de hospedagem;
– 88,4% hospedaram-se em hotel;
– 50,3% acharam o custo da hospedagem regular e 34,9%, alto;
– 54,3% visitaram o País sozinho.

Avaliação sobre a cidade sede do evento
– Para 73,8% dos entrevistados a imagem é positiva;
– Tempo de permanência médio no período total da viagem no Brasil: 7 pernoites;
– Os que pretendem permanecer mais dias em outras cidades no Brasil ficam em média 5 pernoites a mais;
– Os que pretendem permanecer mais dias na cidade sede do evento ficam em média 3 pernoites a mais;
– As cidades mais visitadas são: Rio de Janeiro (33,4%), São Paulo (16,4%), Manaus (6%), Foz do Iguaçu (5,8%), Belém (4,4%), Salvador (4,3%);
– A maioria dos entrevistados pretende retornar ao Brasil: 92%;
– 38,6% pretendem retornar em até 2 anos;
– 92,6% avaliaram a receptividade dos atendentes locais e das pessoas como muito boa ou boa.

Organização da viagem
– Para 64,4% dos entrevistados, o fato do evento ter sido realizado no Brasil influenciou positivamente a decisão de participar do evento;
– A maior parte dos entrevistados tem a viagem organizada por eles mesmos: 52%;
– 45% dos participantes buscaram a organização do evento no Brasil para colher informações sobre serviços/produtos turísticos, enquanto 20% buscaram a internet;
– 61,4% buscaram informações sobre o Brasil em sites de destinos, 21,6% em guias de viagem e 19,4% no Trip Advisor.

Perfil dos turistas
– 20% são da América do Norte;
– 16,2% são da América do Sul;
– 23% são da Europa;
– 58,6% são homens;
– 41,4% são mulheres;
– 54,4% dos turistas têm entre 25 e 44 anos;
– 97,4% têm nível superior;
– 41,9 % têm renda acima de US$ 4.000;
– Gastos de Viagem: US$ 329,39 USD, 316% a mais que a média de gastos de um turista a lazer (US$ 73,77);
– US$ 2.170,14 – Gasto médio no total da viagem, por pessoa, considerando a permanência média de 7 pernoites no Brasil;
– Valor estimado de gasto realizado por esse total de visitantes internacionais nos 19 eventos, com 4.964 participantes: US$ 11.467.023,15.

Fonte: Blog do Planalto